Compra da MRV nos EUA é negativa e foge de operação principal, diz Credit Suisse
“No geral, é difícil fazer uma avaliação sem quaisquer informações confiáveis de valuation, mas, em um primeiro momento, tendemos a ver o anúncio como ligeiramente negativo”.
A afirmação permeia relatório do Credit Suisse sobre a MRV (MRVE3), no qual os analistas Luis Stacchini e Vanesa Quiroga avaliam com certo ceticismo a intenção da construtora de comprar a AHS Residential, cujo dono é o nada menos que o controlador da MRV, Rubens Menin.
Na avaliação do banco, a intenção de compra da companhia norte-americana não se alinha às operações principais da MRV, focada em baixa renda.
Três poréns
A aquisição, segundo os analistas, pode fazer sentido de uma forma qualitativa. No entanto, certas questões emergem, como o fato de Rubens Menin ter 95% da AHS Residential, ou seja, impedindo avaliação isenta do Conselho de Administração da compra.
“Em segundo lugar, a aquisição pode desviar significativamente o foco da administração e adicionar complexidade à operação principal da companhia (venda de imóveis de baixa renda)”, completa o Credit Suisse.
Por fim, o banco suíço avalia que a operação pode ser indicativo de que a MRV não enxerga muito mais espaço para crescimento no MCMV (Minha Casa Minha Vida).