Compra da Kustomer pelo Facebook deve enfrentar investigação antitruste na União Europeia
A compra da startup de atendimento ao cliente Kustomer pelo Facebook deve desencadear uma investigação antitruste da União Europeia em grande escala no próximo mês, disseram três pessoas familiarizadas com o assunto nesta sexta-feira.
A maior rede social do mundo, que anunciou o acordo em novembro, está buscando o acordo para expandir seu aplicativo de mensagens instantâneas WhatsApp, cujo uso aumentou durante a pandemia de Covid-19.
A Comissão Europeia concluirá sua análise preliminar do acordo em 2 de agosto, após a qual começará uma investigação aprofundada de 90 dias, disseram as pessoas.
O Facebook tem até 26 de julho para oferecer concessões e evitar a investigação, mas é improvável que o faça devido à dificuldade de encontrar soluções para lidar com as questões de concorrência, disseram as pessoas sob condição de anonimato.
A Comissão não quis comentar.
O Facebook referiu-se ao seu comunicado de junho, que dizia que o negócio é pró-competitivo e trará mais inovação para empresas e consumidores.
O responsável pela concorrência da UE assumiu o caso, citando um poder raramente usado conhecido como Artigo 22, que lhe dá algum arbítrio, e segue um pedido austríaco, embora a transação esteja abaixo do limite de faturamento da UE.
O escrutínio do regulador da UE coincide com preocupações regulatórias em ambos os lados do Atlântico sobre uma onda de ‘killer acquisitions’, quando grandes empresas compram startups antes que sejam grandes o suficiente para serem uma ameaça.
A agência antitruste alemã disse nesta sexta-feira que vai averiguar se o Facebook também deveria buscar sua aprovação.