Compra da Avon pela Natura seria complexa e com sinergias lentas, avalia Guide
A Guide Investimentos avaliou com otimismo a notícia de que a Natura (NATU3) teria demonstrado interesse comprar a Avon, em comunicado enviado aos clientes nesta terça-feira (18). De acordo com a corretora, a Avon vem enfrentando dificuldades com a substituição do modelo de vendas diretas pelas compras online. Além disso, a empresa recentemente anunciou o novo presidente, José Vicente Marino, que foi vice da Natura por sete anos.
“A notícia ainda é precipitada, mas em caso de compra da Avon pela Natura, haveria um crescimento na força
de vendas no Brasil, além de expandir a presença da companhia na América Latina, Europa e Ásia. A estratégia pode gerar valor a empresa”, dizem os analistas da Guide.
Criada no modelo de venda direta, a Natura vem buscando complementar seus negócios com o varejo e expandir o portfólio de produtos. Os analistas acreditam que a fusão pode acelerar ainda mais a estratégia de internacionalização da marca, expandir com nova marca no portfólio da empresa ou mesmo aumentar sua presença no varejo. “A aquisição deve reduzir ainda mais a dependência das receitas no mercado doméstico. ”
“Por outro lado, acreditamos que é uma transação complexa e pode demorar mais tempo que o previsto para a captura de sinergias. Vale notar: a alavancagem pode aumentar de forma expressiva, visto a recente aquisição da TBS”, diz a Guide.
A Natura divulgou, na noite de ontem (17), um comunicado informando que “não há negociações em curso para a aquisição da Avon”. A Guide acredita que a companhia deve continuar a mostrar uma melhora de rentabilidade em
2018.
“Seguimos otimistas com a estratégia de turnaround da TBS e amadurecimento do segmento de consultores. Por outro lado, câmbio e alguns eventos pontuais (paralizações de maio) podem ainda impactar seus números no segundo semestre deste ano. “