Complexo sucroalcooleiro da Cosan (CSAN3) até que surpreende em balanço geral positivo
O bom desempenho das Compass e Rumo (RAIL3) no agregado de negócios da Cosan (CSAN3) estava no farol do mercado. Os resultados da Raízen (RAIZ4) nem tanto, o que gerava dúvidas sobre o balanço geral do quarto trimestre de 2022 (4T22), que se saiu bem positivo.
Apesar das pressões de custos sobre o açúcar e de preços do etanol, que encurtaram os respectivos resultados operacionais medidos pelos Ebitdas do período, a expansão das vendas e outros indicadores mitigaram as quedas, além do que no acumulado da safra foram positivos.
Em um trimestre em que todo o setor veio carregando, do anterior, toda a mexida dada no mix após a isenção dos impostos federais e a rebaixa do ICMS sobre os combustíveis, com flagrante impacto maior sobre o etanol, o conjunto sucroalcooleiro até que se deu bem.
No geral da companhia, lucro líquido ajustado, registrado de outubro a dezembro, veio com alta de 59,2% (R$ 654,8 milhões) e um ganho operacional de 78% – Ebitda ajustado de R$ 4,8 bilhões -, frente ao 4T21, a Cosan deve estar surpreendendo muita gente no mercado.
Até perto das 16 horas da terça, os papéis do conglomerado caiam, contra a alta das demais companhias de bioenergia, como Money Times noticiou, para depois fechar em leve valorização em dia de anúncio oficial da volta da cobrança dos impostos sobre combustíveis.
Complexo cana
Sempre na comparação com o 4T21, o grupo moeu 86,4% a mais de cana, 13,8 milhões de toneladas, com o indicador de produtividade elevado de 25%, medido pelo ATR por hectare (9,5).
A comercialização de etanol subiu passou acima de 33%, para 1.719 m3. O preço médio ficou menor 11,2%, R$ 3.769 m3, certamente mais pressionado pelo hidratado.
A Raízen/Cosan vendeu 2,860 milhões de toneladas de açúcar, alta de 26,3%, fixado a R$ 2,298 mil por tonelada, com ganho de 0,8%.