Compass: Com Gaspetro, mercado pode voltar a pensar em IPO
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou ontem, sem restrições, a aquisição de 51% da Gaspetro pela Compass, subsidiária de gás natural da Cosan (CSAN3).
O valor da aquisição anunciado um ano atrás é de R$ 2,03 bilhões pela fatia de 51% da Petrobras (PETR3;PETR4) na empresa, que possui controle e participações menores em 18 companhias de distribuição de gás espalhados no Brasil, atendendo cerca de 600 mil clientes e vendendo 18 milhões de m³ do combustível por dia.
A aprovação é uma ótima notícia para a Cosan e o desenvolvimento das operações da Compass, avalia o BTG Pactual (BPAC11).
Embora o cenário mais provável projetado pelo banco era o de parecer favorável, a instituição notou que pressões crescentes de outros mercados participantes poderiam levar a um resultado diferente.
Agora, a Compass está pronta para iniciar a consolidação da Gaspetro.
A companhia anunciou que pretende vender até 12 empresas de distribuição de gás em que a Gaspetro possui participação. Na avaliação do BTG, a Compass deve preferir pela venda de ativos em que a Gaspetro não detém controle e que estão localizados em regiões menos estratégicas.
Mas, mais do que isso, a aquisição da empresa pode fazer com que a Cosan volte a rever o processo de abertura de capital de sua controlada.
Em 2020, a Cosan cancelou a oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) da Compass, alegando na ocasião que as condições do mercado estavam deterioradas.
Agora, com a aquisição na Gaspetro, o BTG vê um cenário mais favorável para a realização de um IPO pela Compass, considerando os benefícios que a Gaspetro traz para o portfólio da companhia.
“Atualmente, estamos avaliando 100% da Compass a R$ 18,8 bilhões, o que ainda não considera qualquer valor atribuído a Gaspetro ou Sulgas”, diz o banco.
O BTG tem recomendação de compra para as ações da Cosan.
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