Companhias marítimas aumentam preços de frete para algumas rotas de café, diz OIC
As companhias marítimas que transportam café em contêineres aumentaram os preços do frete em algumas rotas como consequência dos ataques no Mar Vermelho que forçaram os navios a fazer desvios, disse a Organização Internacional do Café (OIC) nesta quarta-feira.
O grupo houthis apoiado pelo Irã, que controla grande parte do Iêmen, incluindo a capital, atacou no Mar Vermelho navios comerciais que alegam ter ligações israelitas ou que navegam para Israel, em solidariedade com os palestinos em Gaza.
Os houthis disseram nesta quarta-feira que tinham como “alvo” um navio porta-contêineres operado pela CMA CGM, poucos dias depois de outro ataque a um navio Maersk.
A OIC disse em relatório que a situação na região levou algumas companhias marítimas a redirecionar as suas viagens para reduzir os riscos.
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“Assim, para o café do Sudeste Asiático e da África Oriental a caminho da Europa, as consequências não intencionais incluem um aumento nos custos de frete, uma vez que algumas companhias marítimas introduziram sobretaxas para compensar os tempos de trânsito agora alargados”, afirmou o grupo.
Os torrefadores europeus compram muito café de países da Ásia, como o Vietnã, o segundo maior produtor mundial, e a Indonésia. Também compram café de alta qualidade da Etiópia e do Quênia, na África Oriental.
Os problemas no Mar Vermelho poderão ter consequências adicionais para os mercados do café, do cacau e do algodão, uma vez que esses produtos agrícolas são normalmente transportados em contêineres.
Os navios que fazem desvios pelo Cabo da Boa Esperança demorarão mais para chegar aos destinos, resultando em atrasos no fluxo global de contêineres.