Companhias aéreas vasculham o mundo em busca dos escassos simuladores do 737 MAX
As companhias aéreas estão se esforçando para reservar um tempo nas instalações de treinamento do 737 MAX em lugares como Fiji, Islândia e Panamá, disseram operadores, depois que a Boeing (BA) recomendou que os pilotos fossem treinados em um dos poucos simuladores que imitam o modelo mais recente.
Isso significa que milhares de pilotos de mais de 54 companhias aéreas precisam fazer o treinamento em cerca de três dúzias de simuladores do 737 MAX em todo o mundo antes de poderem pilotar o avião.
“A Boeing está recomendando que todos os pilotos do 737 MAX sejam treinados em um simulador do 737 MAX antes de pilotar a aeronave em serviço comercial”, disse a companhia à Reuters na terça-feira à noite, confirmando sua nova política.
O 737 MAX está suspenso desde março de 2019 após dois acidentes causados por falhas e não pode retornar ao serviço até que os reguladores aprovem as alterações de software e os planos de treinamento.
Os estimados 34 simuladores 737 MAX em serviço, produzidos separadamente pela CAE e pela divisão de treinamento TRU da Textron, são menos de um quarto do número de simuladores do antigo 737 NG, certificados por reguladores norte-americanos e europeus.
“Penso que a escassez de simuladores significa que a frota do MAX retomará os voos mais lentamente do que as companhias aéreas gostariam”, disse Gudmundur Orn Gunnarsson, diretor da TRU Flight Training Iceland, uma joint venture entre a Icelandair e a divisão de treinamento e simulação da Textron.
“No começo, foi dito que o treinamento em simulador não seria necessário”, disse ele. “Isso muda tudo.”
Na América Latina, a panamenha Copa Holdings é a única companhia aérea com um simulador do 737 MAX. A empresa disse que estava com grande demanda, embora não esteja autorizada a divulgar as aéreas interessadas. A Copa disse que sua principal prioridade era treinar seus próprios 245 pilotos.