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Companhias aéreas europeias veem demanda por viagens resistindo à inflação

13 out 2022, 17:28 - atualizado em 13 out 2022, 17:28
Setor Aéreo
As ações da IAG subiram até 10% após a companhia divulgar nesta quinta-feira resultado melhor do que o esperado para o trimestre passado e uma perspectiva confiante para o fim do ano (Imagem: Pixabay)

A controladora da companhia aérea British Airways, IAG; juntomente com Ryanair e easyJet estão vendo que a demanda por viagens segue forte, acalmando preocupações de investidores de que a pressão da inflação possa impedir a recuperação da indústria da aviação no pós-pandemia.

A australiana Qantas Airways também disse nesta quinta-feira que está vendo consumidores dispostos a pagar preços maiores de passagens para viajarem.

As ações da IAG subiram até 10% após a companhia divulgar nesta quinta-feira resultado melhor do que o esperado para o trimestre passado e uma perspectiva confiante para o fim do ano.

Enquanto isso, a Ryanair disse que suas reservas para o último trimestre de 2022 estão à frente dos níveis pré-pandemia e que espera que os preços das passagens subam mais do que o esperado até o final de março.

Na Europa, a maioria das ações das companhias aéreas acumularam quedas nos últimos seis meses, algumas de até 50%, devido a preocupações de que a inflação diminuirá o apetite por viagens.

A IAG, que também controla as companhias aéreas Aer Lingus, Iberia e Vueling, disse que as reservas futuras permanecem nos níveis esperados para esta época do ano “sem indicação de fraqueza”.

Causa de Otimismo

Johan Lundgren, presidente-executivo da easyJet, porém, foi mais cauteloso, dizendo que há “incerteza lá fora”. A companhia aérea de baixo custo afirmou, no entanto, que há motivos para otimismo.

“Apesar das dificuldades que as famílias têm, sabemos que férias e viagens estão no topo da lista quando as pessoas podem priorizar o que querem fazer com sua renda disponível”, disse o executivo a jornalistas.

Analistas notaram que a força do dólar em relação à libra e ao euro ultimamente tornou mais barato para os visitantes norte-americanos viajarem para o Reino Unido e Europa, um impulso especial para a IAG, que tem uma grande exposição ao mercado transatlântico.

O presidente-executivo da Ryanair, Michael O’Leary, disse que a demanda parece ser apoiada pelas economias acumuladas durante a pandemia, mas fez uma nota de cautela sobre quanto tempo isso pode durar. Para o executivo, a renda disponível dos clientes deve ser atingida por aumentos na taxas de juros e o aumento do custo de vida no inverno do hemisfério norte diante dos impactos da guerra na Ucrânia.

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