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Blindadas contra Trump: XP elege seis ações que podem subir mesmo após ‘tarifaço’

10 jul 2025, 12:49 - atualizado em 10 jul 2025, 12:49
Ações, Monte Bravo, Carteira Recomendada
Para os estrategistas da XP, o 'tarifaço' de Trump sobre o Brasil podem aumentar a demanda chinesa para os produtos locais e beneficiar ações (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

A aversão a risco toma conta dos investidores locais e o Ibovespa (IBOV) opera em tom negativo nesta quinta-feira (10) após o presidente dos Estados UnidosDonald Trump, anunciar uma tarifa de 50% sobre os produtos brasileiros.

Na avaliação de analistas, a medida tem um impacto direto nas exportações. Já os efeitos indiretos mais relevantes serão no câmbio, na inflação — principalmente em caso de retaliação tarifária do Brasil — e no investimento direto estrangeiro. 

No cenário microeconômico, Embraer (EMBR3), WEG (WEGE3)Tupy (TUPY3), Mahle Metal Leve (LEVE3) e Randon (RAPT4) estão entre as empresas mais expostas ao mercado norte-americano e, consequentemente, tendem a ser as mais pressionadas pelo “tarifaço” de Trump. 

Mas, na avaliação da XP, algumas ações listadas na bolsa brasileira também podem “funcionar” como ativos de proteção contra as taxas de Trump.  Esse “pacote” de proteção é composto por: SLC Agricola (SLCE3), BrasilAgro (AGRO3), Gerdau (GGBR4), Aura Minerals (AURA33), Unipar (UNIP6) e Rumo (RAIL3). 

Os estrategistas destacam que a “cesta de tarifas dos EUA” já acumula valorização de 17,3% contra alta de 9,6% do Ibovespa desde a criação, em meados de abril.

Outras ações “ganhadoras”

Além da cesta com as seis ações, a XP ainda avalia que os papéis também podem se beneficiar das tarifas de 50% impostas por Trump ao Brasil

Uma delas é a JBS (JBSS32). De acordo com os estrategistas, a companhia pode impulsionar os preços em suas operações de carne bovina nos EUA e na Austrália, embora o potencial de valorização ainda seja difícil de quantificar neste momento. 

Caso o Brasil anuncie retaliações aos EUA,  Braskem (BRKM5) pode ser favorecida com aumento dos preços e ganho de participação (market share) no mercado doméstico de resinas plásticas. 

“Um ponto de cautela, contudo, é que a companhia também teria de ajustar sua cadeia de suprimentos para evitar impactos negativos sobre as importações de nafta”, destacaram os estrategistas da XP em relatório. 

Até o momento, o governo brasileiro afirmou que adotará medidas contra os EUA de acordo com a Lei de Reciprocidade Econômica

Como se posicionar?

Os estrategistas da XP montaram a cesta contra as tarifas de Trump de acordo com as perspectivas para os setores. 

No Agronegócio e Transportes, a demanda chinesa de grãos deve mudar dos EUA para o Brasil com o acirramento da guerra comercial entre os dois países.

Em mineração e siderurgia, o setor tem exposição limitada às tarifas de Trump, de até 4% das receitas. Também tende a se beneficiar de um preço do aço norte-americano mais alto. 

“Acreditamos que os principais  riscos agora decorrem dos efeitos da tarifa sobre o real e sobre a percepção de risco no geral”, escreveram os estrategistas da XP. 

O setor de óleo e gás, por sua vez, também se beneficia de um dólar mais forte. 

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
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