Como obter rendimentos ao investir em imóveis tokenizados?

Em meio às oscilações de mercado, à queda do real e à incerteza econômica, cada vez mais brasileiros estão buscando por formas alternativas de gerar rendimentos a longo prazo, seja por meio de renda fixa, BDRs, ações no exterior ou, até mesmo, criptomoedas.

Uma das possibilidades de diversificação de investimentos é por meio do processo de “tokenização”, que consiste na representação digital — possível graças à tecnologia blockchain — de um ativo do mundo real.

A ideia é fornecer direito de governança e financeiro sobre um ativo ou parte dele. Isso porque o mercado das criptomoedas tende a ser bem mais acessível do que o mercado tradicional — onde não é preciso aplicar centenas de reais para começar a investir —, pois é possível comprar frações de um ativo.

Por exemplo, o bitcoin (BTC), a maior criptomoeda do mundo, está sendo negociada na casa dos US$ 32 mil (ou R$ 170 mil) neste momento. Se você quisesse comprar R$ 100 em bitcoin, teria uma fração de cerca de 0,00060 BTC. Essa “redução” facilita bastante a entrada de novos investidores ao mercado.

Facilitando o acesso

“Facilidade” é o termo mais utilizado pela paranaense Toke Imóveis Lucrativos — antes conhecida como TokeInvest —, que visa ser a ponte entre brasileiros e o setor imobiliário — um mercado muitas vezes restrito por conta dos altos custos envolvidos.

Assim como seria possível comprar R$ 100 em bitcoin, a Toke possibilita a compra a partir de um metro quadrado (m²) de um imóvel, e não todo o apartamento — o que custaria milhares de reais.

O empreendimento tokenizado pela empresa, em parceria com REV3 + Floor Incorporadora, se chama REV Veneza Condomínio Clube, um prédio residencial cujo lançamento das 508 unidades individuais, divididas em duas torres, está previsto para fevereiro de 2024.

O prédio está localizado no bairro Matão, na cidade de Sumaré, na Grande Campinas, em São Paulo. Sumaré está classificada como a 22ª melhor cidade do Brasil para se viver, segundo um estudo recente e realizado pela consultoria Macroplan.

O token

Para investir no projeto, a Toke disponibilizou o Permutoken, ativo criptográfico de padrão ERC-20 (token transferível e desenvolvido via rede Ethereum) que representa a oferta imobiliária da empresa.

A responsável pelo gerenciamento do token é a subsidiária Permutoken Spe, que garantirá os direitos em lastro do patrimônio adquirido.

No documento informativo do Permutoken, a Toke afirma que:

[…] nos termos do “Compromisso de Compra e Venda” (como adiante definido), a permuta de tais frações ideais em até 44 (quarenta e quatro) apartamento do “Rev Veneza Condomínio Clube”, nos termos do “Contrato de Permuta”, e a negociação dos direitos aquisitivos oriundos de tais negócios, por meio dos tokens, de modo que a “Permutoken Spe” não terá quaisquer passivos ou obrigações decorrentes de outras atividades ou negócios.

Para fornecer mais confiança e segurança aos investidores, a Toke está registrada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) sob o número 24.333 e regulada pelo Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Paraná (CRECI-PR) sob no 030.616.

Confira, abaixo, todos os detalhes do Permutoken:

Unidades do empreendimento

Devido à alta procura por imóveis em todo o Brasil, o projeto permite que investidores do permutoken aproveitem a altíssima valorização a longo prazo do setor imobiliário e, mais especificamente, do REV Veneza Condomínio Clube:

Missão da Toke

Em entrevista ao Crypto Times, Rafael Felcar, fundador e CEO da Toke, e Tiago Costa, head do comercial, apresentaram as etapas e os objetivos do projeto.

“O mundo vai evoluindo e a única coisa que não deixa de ter valor no mundo é a terra. Sempre foi algo valioso e continua sendo”, afirma Rafael, detalhando como se deu o processo de criação do token:

Passamos por um processo exaustivo de debate com assessores legais. Fizemos um desenho onde [o token] se caracteriza como uma stablecoin, um ‘utility token’ — chamamos de ‘real-estate backed token’, que não atrai a regulação da CVM nesse produto.

É puro negócio imobiliário. O detentor do token está sujeito ao risco do mercado imobiliário. Efetivamente, compra um terreno, constrói e depois vende os apartamentos. Somos apenas os facilitadores desse processo.

Já que a Toke é uma empresa de capital aberto, preza pela transparência de mercado em seus relatórios financeiros auditorados, confirma Rafael.

“O nosso propósito de existência é fazer com que qualquer brasileiro tenha acesso a ótimas oportunidades imobiliárias sem ter que dispor de um cheque alto. Para você comprar um lote, um terreno, você precisa dispor de 80 mil, 100 mil ou 120 mil reais. Hoje, com a tokenização de ativos, você pode, a partir de 250, 350 ou 500 reais, comprar um metro quadrado de uma área onde será desenvolvido ou um loteamento, com toda a infraestrutura necessária, ou uma incorporação imobiliária, e converter esse pedaço de terra que você tem em pedaços de lotes ou de apartamentos prontos para poder surfar por toda essa rentabilidade. Essa é a grande magia da tokenização imobiliária”, explica Tiago.

Para adquirir o Permutoken, é preciso se cadastrar na plataforma, informando seu e-mail e criando uma senha, confirmar e-mail, enviar saldo à carteira digital da plataforma e comprar sua cota dos imóveis.

Até o dia 13 de julho, a empresa comercializou 835 permutokens, que equivalem a 5.635 m² do imóvel, perfazendo o montante financeiro de R$ 2 milhões. Até hoje, 211 brasileiros investiram nesse projeto.

Consulte também a lâmina do projeto e o contrato de compra e venda.