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Como o processo de recuperação judicial da Americanas (AMER3) atrasará a venda da sua varejista de alimentos?

21 ago 2023, 15:16 - atualizado em 21 ago 2023, 15:16
Natural da Terra
Devido à série de incertezas nos prazos do processo de recuperação judicial, a venda do Hortifruti Natura da Terra só deve ser fechada em 2024 (Imagem: Money Times)

O Hortifruti Natural da Terra, da Americanas (AMER3), entrará na fase formal de venda na próxima semana, quando os potenciais interessados deverão enviar suas propostas não vinculantes pela varejista de alimentos.

Segundo informações do Broadcast, a transação está estimada entre R$ 1 bilhão e R$ 1,5 bilhão. No entanto, a venda deve ser fechada apenas em 2024, devido à série de incertezas nos prazos do processo de recuperação judicial da holding.

Dessa forma, a empresa precisará criar uma Unidade Produtiva Isolada (UPI) para que uma parte do negócio possa ser vendido, sem que os compradores se responsabilizem sobre as contingências da Americanas.

A UPI é constituída como uma nova empresa, com um balanço próprio e o comprador precisa ainda ter o nome aprovado pela assembleia dos credores. Ou seja, será preciso realizar a separação do ativo, para vendê-lo.

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Venda do Hortifruti Natural da Terra

As informações são de que os assessores financeiros e advogados já discutiram com alguns interessados, que têm até hoje para se candidatar, sobre às próximas fases do processo. Os próximos passos são a abertura dos dados (data room) e a vistoria na empresa (due diligence).

A Americanas comprou a Hortifruti em agosto de 2021, sendo que foi incorporado ao CNPJ da gigante varejista em setembro do ano passado. Segundo bastidores, o Citi foi contratado para fazer a venda do Natural da Terra, mas quando questionada, a Americanas não se pronunciou sobre a informação.

A rede de supermercados carioca Zona Sul, os fundos Advent e Pátria e a rede St Marche estão inclusos nos potenciais interessados na compra do Hortifruti.

No entanto, com a falta de dados concretos sobre o negócio, os interessados têm procurado advogados para entender a situação da varejista e a viabilidade da aquisição.