Como o Open Banking afetará os grandes bancos, segundo o Guiabolso
O Open Banking chegou para mudar a mentalidade dos bancos tradicionais, disse o Guiabolso. Durante uma conversa com o time de análise do Safra, Benjamin Gleason, fundador da fintech, disse que o sistema é uma oportunidade para o setor bancário, mas concordou que demorará um pouco para que os players do mercado comecem a usufruir de suas vantagens informacionais.
Segundo Gleason, as instituições financeiras vão atingir a totalidade de benefícios gerados pelo Open Banking somente daqui a muitos anos. O maior desafio está em transformar dados não estruturados e não padronizados em variáveis inteligentes que podem servir como fonte de poder a novos modelos e serviços.
De acordo com o Safra, a reunião com o Guiabolso reforçou sua visão de que o setor pode se tornar mais competitivo com a introdução do Open Banking e do Pix, novo sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central (BC).
Na avaliação dos analistas Luis F. Azevedo e Silvio Dória, as transformações com o Open Banking vão começar a ser sentidas em 2021.
“A primeira fase do Open Banking [em novembro] não proverá informações detalhadas por cliente. Sendo assim, só a segunda etapa, prevista para maio de 2021, deve trazer mais oportunidades para a competição, quando os consumidores poderão autorizar instituições a compartilhar seus dados pessoais”, afirmaram.
Ainda de acordo com as expectativas de Azevedo e Dória, a expansão dos serviços financeiros vai acontecer somente em outubro do próximo do ano.
Banco ou fintech? Os dois!
Os bancos tradicionais têm uma resistência em relação às fintechs, mas a chegada do Open Banking e do Pix pode mudar isso. Apesar do esperado aumento do cenário competitivo, o Safra acredita que grandes instituições financeiras e empresas digitais poderão coexistir na mudança estrutural do setor.
O Safra manteve a visão positiva sobre os bancos e destacou que as ações das empresas estão com um valuation muito atraente.