Renda Fixa

Como investir na renda fixa com a inflação implícita em alta? Veja recomendações

18 mar 2023, 13:00 - atualizado em 16 mar 2023, 14:09
Marcação a mercado
Inflação implícita em alta requer escolha precisa dos investidores de renda fixa. (Imagem: Pixabay/ rauschenberger)

Chegou a hora de entender como a renda fixa consegue entregar ganhos mesmo em tempos de crise nos mercados, quando se torna mais árdua a tarefa de fazer dinheiro com ações, fundos imobiliários e demais ativos de risco na bolsa de valores.

O Brasil já apresenta sinais de desaceleração da atividade econômica, assim como também enfrenta maior risco de crédito exemplificado pelo escândalo da Americanas (AMER3), provocando a queda das taxas de curto prazo na curva futura de juros.

Isso quer dizer que, além de segurar um título pós-fixado à Selic efetiva ou ao CDI, o investidor de renda fixa também pode buscar na marcação a mercado com posições em títulos com vencimentos de até três anos.

Embora os títulos com maior prazo de vencimento tem o potencial de gerar os maiores ganhos na marcação a mercado, o analista de renda fixa da Genial Investimentos André Fialho não vê motivos para se travar nesses títulos agora.

“A parte longa das curvas de juros nominais e de juros reais segue em patamares ainda muito elevados, muito acima do nível de antes dos ataques feitos ao Banco Central”, afirma Fialho.

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Inflação implícita na renda fixa

A inflação implícita, a diferença entre a taxa dos títulos prefixados e dos títulos indexados a inflação fechou em forte alta neste início de 2023, mostrando uma grande piora na perspectiva inflacionária para os próximos anos.

Quando o investidor acredita que a inflação vai continuar acima das expectativas, os títulos públicos Tesouro IPCA+ são mais vantajosos que o Tesouro Prefixado, já que o investimento cobrirá a elevação do IPCA no período.

Entre os investimentos de renda fixa mais indicados para esse cenário de inflação em alta e queda das taxas no curto prazo, o analista de Genial Investimentos recomenda os seguintes investimentos de renda fixa:

  • ETF (B5P211): ETF de renda fixa que replica o índice IMA-B5. Esse índice é composto por títulos públicos Tesouro IPCA+ com vencimentos inferiores a cinco anos. Com a queda das taxas nos prazos mais curtos, o valor na cota negociada em bolsa de valores tende a se valorizar. O IMA-B5 é um dos ativos com melhor relação risco retorno dentro da renda fixa, superando o CDI por 16 anos entre 2003 e 2022.
  • Tesouro IPCA+ 2035: Apesar de ainda não haver sinais de queda das taxas de juro real na parte mais longa da curva, o investimento no título público no Tesouro Direto garante a proteção do poder de compra em caso de descontrole da inflação.