Como começar a investir em 2023? Veja guia para iniciantes
A educação financeira no país tem se expandido a passos largos graças à Internet. Com uma simples pesquisa no Google, você pode encontrar um universo de informações que vão te orientar sobre a melhor forma de investir, assim como essa matéria.
Na 6ª edição do Raio X do Investidor, pesquisa realizada pela Anbima em parceria com o Datafolha e divulgada em abril de 2023, desde 2021, o número de brasileiros que começaram a investir foi de 8 milhões, totalizando aproximadamente 60 milhões de investidores no país.
Esses números representam 36% da população brasileira, o que – ainda – não é muito. Porém, com o ritmo de crescimento acelerado previsto pela Anbima, em 2023, a porcentagem crescerá 5 pontos percentuais.
Para construir um guia completo de como começar a investir, o Money Times conversou com o professor de economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Joelson Sampaio.
Por que investir?
Investir significa, para além de aplicação de capital, potencializar a realização de sonhos. Ou seja, possibilita uma reserva de valor no futuro para pagar uma faculdade, comprar a casa própria ou até fazer uma viagem.
Pensar no amanhã, seja ele a curto ou longo prazo, é o grande objetivo de se fazer investimentos. Com o planejamento certo, é possível obter renda e fazer o dinheiro trabalhar a seu favor.
De acordo com a pesquisa da Anbima, 10% dos brasileiros costumam aplicar seu dinheiro para aposentadoria ou para abrir o negócio próprio, 21% para deixar aplicado – ou seja, sem previsão de uso – e, disparado, com 30%, para realizar o sonho da casa própria.
Por onde começar?
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Para começar a investir, Sampaio aponta que o planejamento é o passo essencial para obter sucesso. Antes de pensar em aplicar o seu dinheiro, ele precisa primeiro sobrar no fim do mês. Para que isso aconteça, a disciplina e a organização vão ser suas melhores amigas.
Coloque na ponta do lápis todos os seus gastos mensais fixos e variáveis; assim, conseguirá visualizar o seu custo de vida e saber se hoje ele condiz com o seu ganho mensal ou não. Com isso em mente, estabeleça suas metas financeiras.
“A partir disso [planejamento], estabeleça uma meta de reserva de quanto da renda mensal será alocada para investimento, e isso [de início] não precisa ser um valor significativo, uma grande parcela”, explica o professor de economia.
O próximo passo é escolher uma instituição financeira de confiança e conhecer os seus produtos. Sampaio aconselha sempre se informar antes sobre o mercado e entender o básico: o que é renda fixa e o que é renda variável. “Assim, fica mais fácil de fazer escolhas”.
Qual o melhor tipo de investimento para iniciantes?
Esqueça a poupança. É sempre recomendável para quem nunca investiu começar a investir em renda fixa ou em fundos de investimento e quase nunca diretamente em ações, diz o professor da FGV. Isso porque as ações na bolsa costumam oferecer muitos riscos por sua volatilidade – e quem não está atento pode cair em ciladas.
Em 2022, na comparação com o ano anterior, mais pessoas declararam investir seu dinheiro em aplicações como fundos, títulos privados, moedas digitais e previdência privada.
Ainda que essas sejam as melhores opções, o Brasil é um país emergente, com a economia e a inflação variando muito por conta de diversos fatores internos e externos. Isso traz desafios para as famílias, pois os preços de itens básicos acabam subindo, fazendo com que os gastos aumentem.
A falta de controle financeiro, economia instável, recursos escassos para investir, somados à educação financeira precária, são os grandes desafios para que o número de investidores aumente nos próximos anos. Joelson acredita, no entanto, ser um bom momento para começar.
“Temos muitas oportunidades e uma diversidade maior de produtos financeiros para o investidor. Hoje os investimentos podem ser alocados em renda fixa, Tesouro Direto, título do governo, fundos de investimentos de renda fixa e renda variável. Essas são alternativas excelentes para início em termos de investimento”, avalia.