Como fica o mercado de etanol e açúcar em fevereiro? Prêmios serão ainda mais baixos

O mês de janeiro foi um período marcado pela redução dos prêmios do açúcar cristal com até 150 Icumsa frente a média de preços entre o etanol anidro e hidratado, ambos convertidos em reais por saca de 50 quilos.

A redução da vantagem foi de pouco mais de três pontos porcentuais com a relação entre ambos saindo de 47,45% para 44,02%.

Isto ocorreu devido a uma queda mais intensa vista no açúcar do que a baixa na média de preços entre o etanol anidro e o hidratado.

O primeiro teve até ganhos no curto prazo, com as médias de preços entre dezembro e janeiro avançando 2,06%. Porém o hidratado acabou recuando 3,93% no mesmo período.

Isto acabou resultando em uma média de 0,93% negativa mesmo que o anidro tenha se mostrado positivo, sendo que a negatividade do hidratado foi bem mais intensa que a do anidro.

Ainda assim o recuo médio de 0,93% observado entre o etanol anidro e hidratado na margem foi bem menos intenso que a queda observada sobre os preços do açúcar cristal no mesmo período que fora de 3,27%.

Isto acabou originando a redução dos prêmios do açúcar de 47% para 43% no mês de janeiro. Em dezembro a expectativa da Safras & Mercado era de prêmios médios de 37% para janeiro, a qual acabou se posicionando 7 pontos porcentuais abaixo dos prêmios efetivos registrados no período.

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Açúcar X Etanol

Já para fevereiro a expectativa é de prêmios ainda mais fracos, na faixa de 40% em função ganhos mais fortes a serem observados sobre o etanol anidro e hidratado do que sobre o açúcar cristal.

É interessante observar que, mesmo frente a dois meses seguidos de recuo, os prêmios devem se manter ainda na faixa de 40% para o açúcar cristal.

Para o etanol, a expectativa é que o anidro e o hidratado se valorizem respectivamente 3,97% e 2,95% resultando em ganhos médios de 3,46%.

Na outra ponta teremos o açúcar cristal no mercado físico avançando apenas 1,29% com seus ganhos nos preços do mercado físico ocorrendo de forma muito suave, apenas em função da redução na disponibilidade de oferta com a entressafra, sem a contrapartida no crescimento na demanda das indústrias que ainda estarão muito afastadas do mercado, evitando compras em um período crítico da entressafra de cana.

Além disto, as perspectivas de crescimento no volume de oferta de cana para a próxima temporada deverão limitar ainda mais a capacidade de ganhos do açúcar no mercado físico, o que deverá reforçar a capacidade limitada de reação nos preços mesmo com o advento da entressafra.