Como fica a Itaúsa após a cisão da XP?
Na última terça-feira (03), parte do mercado foi pego de surpresa com anúncio do Itaú (ITUB4) de que irá cindir sua parte de 41,05% da XP Investimentos (XP) e formar uma nova empresa: a NewCo.
A notícia repercutiu bem: as ações do Itaú saltaram mais de 4% depois do comunicado. Segundo analistas, o movimento do banco pode destravar valor e aumentar a sua agressividade no setor de investimentos.
E como fica a Itaúsa (ITSA4), a holding do Itaú, nessa história? Segundo o UBS, a Itaúsa pode abocanhar um valor de mercado de R$ 19 bilhões, representando 19% no total de ativos da companhia.
O negócio pode ser cumulativo?
De acordo com os analistas do banco suíço, Thiago Batista, Olavo Arthuzo e Philip Finch, é necessário analisar o quanto de valor a nova empresa destravaria para o Itaú e o valor do desconto da NewCo.
“Assumindo um desbloqueio de R$ 7,5 bilhões para o Itaú e um desconto de 15% da NewCo, o desconto de Itaúsa seria semelhante aos níveis atuais. Um maior valor desbloqueado ou um desconto menor criaria valor para Itaúsa no curto prazo”, argumentam.
Vende ou não vende?
A Itaúsa já avisou que não tem interesse de vender sua parcela de participação na XP no curto prazo.
Porém, de acordo com a equipe de analistas, a holding deixa uma janela aberta para se desfazer da participação no futuro, já que a próprio companhia menciona que “não considera este investimento estratégico a longo prazo”.
E como ficam as ações da Itaúsa
Para o UBS, as ações da Itaúsa estão descontadas. O banco reiterou a recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 13, o que implica potencial de valorização de 32%.