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Como fazendas da cadeia da carne sequestram mais carbono do que emitem?

12 dez 2021, 19:00 - atualizado em 10 dez 2021, 15:52
Boi Nelore Pecuária de Corte
Resultados iniciais do projeto apontam que a maioria das fazendas analisadas sequestraram mais carbono, incluindo unidades ligadas à Corteva e à Minerva (Imagem: Embrapa)

O projeto “Validação de protocolo MRV (avaliação, relato e verificação) das Emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) e da sustentabilidade sócio ambiental, bem-estar animal e governança” comprova que fazendas da cadeia produtiva de carnes que adotam tecnologias sustentáveis sequestram mais carbono da atmosfera do que emitem.

A iniciativa que abriga parceiros como a Embrapa (por meio da Plataforma ABC), Corteva Agriscience, Minerva (BEEF3), além de universidades, buscou calcular e contabilizar como fonte da produção em várias frentes de 33 fazendas, 22 delas ligadas à linha de obrigação da Minerva e 11 parceiras da Corteva, para calcular as ligações líquidas das diversas atividades agrícolas e pecuária das propriedades.

Os resultados iniciais do projeto apontam que a maioria das fazendas analisadas sequestraram mais carbono que emitiram. 

“A pecuária de corte, embora seja uma grande emissora de GEEs, pode potencializar a mitigação de emissões e gerar mais benefícios ecossistêmicos e a diminuição da pressão por desmatamento, através da recuperação de pastagens e adoção de sistemas integrados. Esta é a aposta da Minerva e Corteva no projeto,” pontua Celso Manzatto, pesquisador da Embrapa Meio Ambiente e coordenador da Plataforma ABC.

Outra característica apresentada dá conta que de todas as fazendas, que emitiram ou sequestraram, subordinados de prioridade abaixo da média brasileira, de 15,24 toneladas de CO₂ equivalente por mil cabeças de gado, segundo o último recurso nacional.

O projeto “pecuária de baixo carbono” é uma iniciativa extremamente relevante para futuro da pecuária nacional, não só no mercado interno, mas principalmente pelo mercado externo.

Impulsionada pela demanda crescente nos próximos anos, e não só por quantidade, mas principalmente por qualidade, no contexto da sustentabilidade, a pecuária pode produzir cada vez mais numa menor área, com uma melhor qualidade, respeitando as pessoas e o meio ambiente.

Com informações da Embrapa.