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Como escolher fundos de investimentos – principais tópicos para analisar

21 jun 2020, 18:16 - atualizado em 19 jun 2020, 21:25
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Os fundos de investimentos são uma ótima opção para quem procura diversificar a carteira (Imagem: Pixabay/@nattanan23)

Você já ouviu falar de fundos de investimentos, mas desistiu de investir por não saber o que analisar e qual escolher? No post de hoje, vou tirar as suas dúvidas sobre como escolher fundos de investimentos e você vai perceber que é mais simples do que imaginava!

Dá uma olhadinha nos tópicos que vamos falar aqui:

1. O que são fundos de investimentos?

2. Como escolher fundos de investimentos?

– Gestor

– Taxas

– Indicador de referência

– Liquidez

Os fundos de investimentos são uma ótima opção para quem procura diversificar a carteira. Existem fundos para todos os perfis e objetivos, desde os mais conservadores até os mais arrojados.

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1. O que são fundos de investimentos?

Os fundos de investimentos funcionam como uma aplicação coletiva, é como se fossem vários sócios de uma empresa juntando capital para conseguir patrimônio e investir em um empreendimento.

Os fundos não são um produto em si, são um serviço. Ao deixar o seu dinheiro em um fundo, você está permitindo que o gestor daquele fundo invista “por você” em ativos que ele acha uma boa oportunidade.

Na prática, funciona assim: um fundo disponibiliza x cotas por um valor y, os investidores compram e tornam-se cotistas daquele fundo. O valor aplicado por todos eles, forma o patrimônio, que é usado pelo fundo para investir.

Os ganhos do fundo são divididos entre os cotistas na proporção de cotas que eles têm. Então, se um fundo teve R$ 1000,00 de lucro e 1000 cotas disponíveis, ele distribuirá R$ 1 por cota. Se você tiver 10 cotas, ganhará R$ 10,00. Legal, né?

Importante dizer que, o valor só é distribuído se o fundo obtiver ganhos. Ok?

Os fundos de investimentos possuem objetivos diferentes, eles podem ter como foco aplicar em: renda fixa, ações, commodities, cotas de outros fundos, entre outros tipos de ativos.

2. Como escolher fundos de investimentos

Existem algumas questões que você precisa pesquisar antes de aplicar em fundos de investimentos, até porque, as especificações de cada um podem ser bem diferentes. Como expliquei acima, cada fundo possui um objetivo.

Gestor

O gestor é quem é responsável por administrar o fundo. Ou seja, é uma empresa, credenciada pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários), que possui profissionais qualificados para gerir o fundo.

É a gestora do fundo que irá escolher o ativos que farão parte do portfólio e seu objetivo é fazer com que aquele investimento tenha uma boa performance.

É importante que você saiba quem cuida daquele fundo fundo e qual é o histórico da empresa gerenciando fundos de investimentos, afinal, é ela que cuidará do seu dinheiro.

Os fundos possuem dois tipos de taxas: administração e performance (Imagem: REUTERS/Ricardo Moraes)

Normalmente, dentro da empresa, existe uma pessoa específica que é conhecida por ser o rosto por trás do fundo. Principalmente em fundos de investimento independentes, ou seja, que não são de grandes bancos.

Uma dica legal é você acompanhar essas pessoas nas redes sociais. Eles costumam ser bem ativos no Instagram e Twitter, isso pode te ajudar a saber um pouco mais sobre o profissional e assim, facilitar a escolha.

Taxas

Os fundos possuem dois tipos de taxas: administração e performance. É de extrema importância que você analise e compare as taxas, porque elas influenciam diretamente nos seus rendimentos.

A taxa de administração é uma taxa anual cobrada pela instituição que administra o fundo e ela reflete sobre o valor aplicado pelo investidor. A porcentagem e a data de cobrança varia de fundo para fundo.

Já a taxa de performance funciona como um bônus para o gestor por ter alcançado determinada rentabilidade. Cada fundo possui um referencial, se o gestor do fundo superar o indicador de referência (benchmark), ele recebe essa comissão, que é a taxa de performance.

É importantíssimo analisar as taxas justamente para você não gastar dinheiro à toa. Se for um fundo muito arrojado, é normal que as taxas sejam mais altas. Mas se for um fundo de renda fixa, por exemplo, não aceite altas taxas.

Indicador de referência

Um fator importante na hora de selecionar o fundo em que você irá investir é o indicador de referência. O indicador é escolhido de acordo com o objetivo do fundo, alguns exemplos de benchmark (índice de referência), são: Ibovespa, CDI, IPCA, IGP-M, entre outros.

Analisar esse quesito é interessante para que você entenda melhor sobre o fundo, qual sua finalidade e possibilidade de rendimento.

Cada fundo possui um prazo para que o dinheiro de resgate das cotas seja depositado em conta e é isso que chamamos de liquidez (Imagem: REUTERS/Bruno Domingos)

É interessante analisar o benchmark para você saber qual é o “mínimo aceitável”. Se você investe em um fundo de renda fixa, por exemplo, é interessante que ele fique acima do CDI.

Afinal, se fosse para render apenas o CDI, você investiria diretamente em algum título privado de renda fixa, sem precisar pagar nenhuma taxa de administração ou performance para o gestor do fundo.

Liquidez

Cada fundo possui um prazo para que o dinheiro de resgate das cotas seja depositado em conta e é isso que chamamos de liquidez.

Existem fundos D+1, que levam um dia para o valor ser depositado. Mas há outros fundos que podem ser D+3, D+30, D+60 e por aí vai. O número que aparece depois do sinal de +, é a quantidade de dias úteis que você precisará esperar para resgatar a cota.

Quanto menor o número, maior a liquidez do fundo. Fique atento(a) a isso na hora de escolher o fundo em que irá investir. Todas essas informações são cedidas pela instituição no regulamento.

Essas são as quatro principais características, mas existem outras que você também pode considerar.