Finanças Pessoais

Como entrar em 2023 com as contas equilibradas? Veja o que educadores financeiros recomendam 

18 dez 2022, 15:00 - atualizado em 19 dez 2022, 9:15
Contas
Para ter as contas equilibradas, é essencial que a pessoa inicie a construção de um fundo de emergência (Imagem: Shutterstock)

Ajustar o orçamento e viver 2023 com as contas equilibradas é o desejo de grande parte dos brasileiros e, para ter uma boa organização financeira, é essencial que a pessoa inicie a construção de um fundo de emergência, a partir do seu custo de vida, disse a economista e CEO da NoFront, Gabriela Chaves.

A executiva destaca que a pandemia mostrou que nem sempre estamos preparados para lidar com situações inusitadas e, por este motivo, ter uma reserva é essencial.

“Pensando nisso, a minha principal dica é para que as pessoas tenham disciplina e poupem dinheiro todo mês, não importa a quantia. Assim que o salário cair na conta, reserve o valor do fundo, pois esse investimento precisa ser colocado como uma parte das suas contas”.

Pedro Sant’Anna, COO da Allugator, diz que quando se pensa em educação financeira, sempre nos lembramos de investimentos que trazem grandes retornos financeiros.

“É  comum que o primeiro pensamento seja sobre o quanto de lucro vamos conseguir. Por isso, ao investir, é essencial se atentar à rentabilidade e entender como ela se aplica”.

Segundo Sant’Anna, dessa forma conseguimos compreender o retorno que as nossas aplicações podem trazer, e a partir dai, construir uma carteira de investimentos conforme os seus objetivos.

Quanto você “custa”?

Fernanda Ribeiro – Cofundadora da Conta Back, diz que a forma de começar a guardar o seu dinheiro, é entendendo a sua realidade.

“Não adianta ficar tentando seguir fórmulas dos gurus, se a sua realidade é outra. Uma boa maneira de fazer isso é compreendendo o quanto você ‘custa’. Minha dica é: em uma folha em branco dividida ao meio, separe de um lado todas as suas fontes de receita e do outro os seus custos mensais”

Ribeiro indica que sejam anotados os gastos fixos pois, segundo ela, esse exercício é muito bom, porque nos dá uma dimensão real das nossas finanças.

“Com base no resultado, fica mais fácil entender o que está sobrando (ou até mesmo faltando) para quando separamos as nossas finanças em três: gastos essenciais, dinheiro para lazer e para guardar, fica muito mais fácil”.

De acordo com a executiva, cada vez mais precisamos entender que ter uma boa educação financeira não consiste em ter uma vida cheia de limitações e sim com consciência dos seus gastos.

“Para montar a sua reserva financeira, você precisa levar em consideração um teto para cobrir as suas despesas pessoais e um período de tempo. Assim, mensalmente, você guarda dinheiro pensando na construção desse montante o mais rápido possível”, indica.