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Como empresas cripto estão se virando em meio ao terceiro “lockdown” do Reino Unido

06 jan 2021, 16:17 - atualizado em 06 jan 2021, 16:17
Entenda como empresas cripto estão tentando melhorar o bem-estar de seus funcionários (Imagem: Unsplash/@cliffordgatewood)

À medida que o Reino Unido entra em seu terceiro “lockdown” nacional para controlar as novas taxas de contágio e a recém-descoberta variante da COVID-19, as startups cripto da região estão tomando medidas para aumentar a moral de sua equipe.

As novas restrições do governo britânico indicam que as pessoas devem ficar em casa enquanto grande parte dos comércios não essenciais estão fechados.

The Block conversou com diversas startups britânicas que estão tomando medidas para manter o bem-estar de seus funcionários. Sergey Zhdanov, diretor financeiro da corretora cripto EXMO, disse que o confinamento “afeta muito a parte social”.

“Alguns funcionários se sentem mais dispostos quando trabalham em um escritório com seus colegas. Então existe um crescente risco de esgotamento desses funcionários”, disse ele.

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EXMO foi forçada a cancelar um exercício de formação de equipe no Ano-Novo e, em vez disso, deu bitcoins a todos os funcionários, segundo Zhdanov. O plano da corretora de abrir um novo escritório em Londres em 2020 foi adiado para 2021.

A pandemia da COVID-19 restringe o convívio social, podendo deixar os “home-officers” deprimidos e indispostos (Imagem: Freepik)

A empresa de análise CryptoCompare também tentou levantar o ânimo dos funcionários. O diretor executivo Charles Hayter disse que empresas realizam jogos, além de distribuírem vouchers de delivery e, mais recentemente, cestas de Natal.

Grande parte das startups desse setor não parecem estar muito preocupadas com a perspectiva de um período prolongado de trabalho remoto, mas Hayter descreveu a situação como conflituosa.

“Algumas partes do negócio funcionam melhor remotamente e, outras, no escritório. Porém, o trabalho remoto indica um aumento no desmoronamento das coisas como um todo”, disse ele, acrescentando que a empresa está encorajando chamadas de vídeo “de cara a cara” e exercícios para que os funcionários “mantenham a conexão, saúde e normalidade”.

Investidores em cripto também tiveram de se adaptar ao novo normal.

George MacDonaugh, diretor executivo da empresa de investimentos com foco em cripto KR1, disse que seu negócio é “inerentemente remoto” por conta da natureza globalmente distribuída da indústria na qual a empresa investe.

“Antes de qualquer confinamento, nosso negócio funcionava de duas formas: via conferências e Zoom. Apesar de termos perdido a primeira opção, Zoom foi suficiente para nos dar acesso contínuo a uma infinidade de projetos interessantes”, ele disse, acrescentando:

O circuito de conferências foi ótimo para a moral por ser um setor de nicho, onde todos se conhecem e é sempre bom se encontrar pessoalmente, então foi estabelecido um momento para jogar conversa fora e, em particular, falar sobre negócios. No futuro, essa parte da nossa indústria voltará com força total.

É claro que, pelo menos, fundadores cripto têm algo a comemorar por conta do crescente preço do bitcoin que, atualmente, está próximo de altas recordes. O mercado de alta impulsionou um aumento correspondente nos volumes para uma infinidade de operadores britânicos.

Ziglu, aplicativo de carteira cripto, viu volumes de negociação mais do que dobrarem no último mês, segundo o diretor executivo Mark Hipperson.

Ao mesmo tempo, Copper, startup de custódia cripto, teve um aumento nos ativos sob gestão de 8% no primeiro trimestre de 2020, 87% no segundo, 66% no terceiro e surpreendentes 464% no quarto trimestre.

“Para nós, sempre fomos distribuídos, então nosso trabalho continua desimpedido. A moral está elevada neste momento — principalmente pelo preço do bitcoin”, disse Andrew Clover, cofundador da empresa cripto Quantave.

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