Como cada geração investe e como usar isso a seu favor?
As diversas gerações de brasileiros — desde os baby boomers (57 a 75 anos de idade) até a geração Z (9 a 24 anos de idade) — têm diferentes comportamentos quando o assunto é investimentos.
A carteira de investimentos dos brasileiros mais novos tem um perfil mais arrojado, e os investidores se arriscam em novos ativos, como o mundo de criptomoedas. Já a população mais experiente possui aplicações mais conservadoras, como a poupança e outros títulos de renda fixa.
A pesquisa “Raio X do Investidor Brasileiro”, realizada pela ANBIMA, ainda revela que os millennials (25 a 40 anos de idade) são os que mais investem na Bolsa de Valores brasileira. Cerca de 5,1% dos entrevistados nesta faixa etária se declararam investidores, mais do que qualquer outra faixa etária pesquisada.
Independente da idade, é possível otimizar os ganhos dos seus investimentos.
“Basear a construção das carteiras de investimento apenas em estereótipos de idade, e também em momentos de mercado, é um grande erro”, comenta Andressa Siqueira, especialista em investimentos da Magnetis, durante entrevista ao Money Times.
“O importante é ter claro os objetivos e o perfil de cada investidor para se extrair os melhores resultados”, completa.
O que acontece em vários casos, segundo Siqueira, é que as pessoas têm múltiplos objetivos ao decorrer da vida. Reserva de emergência, compra de imóveis ou da casa própria, independência financeira (viver de renda) e planejamento sucessório são os exemplos mais comuns.
Estratégia
Na Magnetis, a escolha dos melhores investimentos é baseada a partir dos objetivos dos investidores, levando em conta cenários e proporções na alocação.
A especialista lista os seguintes ativos, presentes nos portfólios da gestora de investimentos, que devem fazer parte do radar dos investidores de qualquer idade:
Renda fixa: mais indicada aos conservadores e na construção da reserva de emergência;
Renda variável: mais indicada aos investidores com perfil arrojado, que buscam maior potencial de ganhos;
Ativos internacionais: a renda variável não se resume apenas à Bolsa de Valores brasileira, é necessária também a diversificação geográfica.
Os BDRs são exemplos de ativos que representam ações estrangeiras e podem ser adquiridos sem a necessidade de abertura de conta no exterior;
Gestão ativa: um conjunto de pessoas fornece um montante de dinheiro para uma equipe de gestão, a qual será responsável por administrar esse valor, investindo em diferentes ativos;
Mecanismos de proteção: ferramentas do mercado financeiro que mantêm o investidor menos exposto à volatilidade e à perda de patrimônio; e
Criptoativos: classe de ativos em renda variável mais rentável em 2021.