Como brasileiros podem tirar proveito do calote da dívida dos EUA e fazer dinheiro
A preocupação nos mercados financeiros só aumenta em relação ao iminente teto da dívida dos Estados Unidos. Embora a volatilidade esteja à espreita, investidores brasileiros podem tirar proveito do possível calote da dívida dos EUA.
Conforme dados oficiais, os EUA agora atingiram o limite estatutário de dívida de US$ 31,4 trilhões e o excederam.
Consequentemente, sem uma ação do Congresso, o Tesouro dos Estados Unidos ficará sem dinheiro nas próximas semanas em junho.
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“O calote em títulos ou contas do Tesouro dos Estados Unidos, a própria definição de um ativo livre de risco, é quase impensável. Isso perturbaria ativos de risco de todos os tipos”, explicam os gestores Jim Cielinski e Garrett Strum, da Janus Henderson Investors.
Calote dos EUA
Na visão dos gestores, o risco real de um calote da dívida público dos EUA (a data X) é extremamente remoto, abaixo de 1%.
No entanto, como um risco de cauda, pequenas mudanças na narrativa podem mover os mercados.
Portanto, um aumento na probabilidade de inadimplência de 0,2% para 5,0%, por exemplo, enviaria ondas de choque por muitas partes do mercado, incluindo o Brasil.
A maioria das estimativas sugere que a data X possa acontecer em julho ou agosto, embora possa ser mais cedo.
Segundo a secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, os cofres podem ficar vazios para honrar investidores já a partir de junho.
Como se proteger e ganhar dinheiro
Os investidores estão exigindo um prêmio de rendimento considerável para manter títulos com vencimento logo após a data X prevista.
Se tudo falhar, o Tesouro dos EUA pode deixar de cumprir alguns vencimentos e pagamentos de juros aos investidores. E mesmo nesses casos, os detentores de dívida estariam altamente confiantes de serem “totalmente ressarcidos”.
Nenhuma perda seria realizada, embora o caminho fosse muito acidentado, segundo especialistas da Janus Henderson Investors.
O Tesouro da Reserva Federal teria uma série de estratégias não testadas à sua disposição, como recompra de títulos em inadimplência a valor total, enormes instalações de recompra de curto prazo e a aceitação de títulos em inadimplência em suas instalações de liquidez do mercado monetário.
“Isso explica por que os primeiros sinais de volatilidade têm sido limitados a mercados de curto prazo, com a renda fixa pagando prêmio elevado entre junho a agosto, com efeitos positivos em outros países”, na visão da gestora.
Além disso, a iminência de uma recessão nos EUA em 2023 tende a beneficiar investimentos no Brasil segundo informações publicadas por colunista do Money Times.