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Como aumento do teto do Minha Casa, Minha Vida impacta o mercado imobiliário

01 set 2024, 12:00 - atualizado em 30 ago 2024, 11:20
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O mercado imobiliário vive em um ciclo de altos e baixos. Veja o impacto do Minha Casa, Minha Vida. (Imagem: Getty Images/ Canva Pro)

No início do mês, o Governo Federal aumentou o teto do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) para as Faixas 1 e 2. Com as mudanças, o setor da construção civil comemora e visa um maior impulsionamento do segmento nas demandas federais voltadas às populações menos abastadas.

Na Faixa 1, o reajuste do valor máximo por família foi de R$ 2.640 para R$ 2.850, o que possibilita aos compradores adquirir a casa própria com 95% da obra subsidiada pelo governo. Já na Faixa 2, o ganho mensal passou de R$ 4.400 para R$ 4.700. Nesse caso, o subsídio vale até R$ 55 mil. Esses valores são relativos aos moradores da área urbana.

Para quem faz parte da população rural, as regras mudam um pouco. Calculado de forma anual, o teto da Faixa 1 foi de R$ 31.680 para R$ 40 mil. Na Faixa 2, o montante aumentou de R$ 52.800 para R$ 66.600.

Quanto à Faixa 3, não houve modificações e a renda mensal familiar permanece em até R$ 8 mil.

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Impactos do Minha Casa, Minha Vida no mercado imobiliário

A medida se tornou necessária para evitar exclusão de famílias em decorrência de mera atualização de renda, sem significar melhoria efetiva na capacidade de compra. Ademais, ela tem o potencial de ampliar o volume de orçamento gasto.

Sendo assim, é ainda mais importante continuar com medidas de contenção, visando direcionar esse funding, o único capaz de dar acesso a famílias perfil HIS — Habitação de Interesse Social, voltada às camadas de menor renda. Afinal, é, de longe, onde se concentra o maior percentual do déficit habitacional brasileiro.

Juntamente, os profissionais da construção celebram cada incentivo dado ao MCMV. Isso porque a medida influencia também no planejamento das construtoras. Com a readequação das faixas, as empresas do segmento veem a demanda pelos empreendimentos dessas faixas também subirem, o que, como consequência, resulta em maior volume de vendas.

Isso implica atender uma parcela maior de clientes, que, antes, enquadravam-se em outros níveis do programa, com taxas de juros menos atrativas, bem como dar a eles o acesso a um financiamento maior e com prestações mais baratas.

Momento para acelerar

O mercado imobiliário vive em um ciclo de altos e baixos. Então, em momentos como esse, em que a onda vem pronta para as empresas surfarem, é a hora de usar os benefícios da melhor forma possível. Aqui, aprimorar o direcionamento do planejamento estratégico para os próximos meses pode ser uma boa alternativa, de olho nas oportunidades que podem ser aproveitadas devido ao incentivo ao MCMV.

Somado a esta novidade, no dia 8 de agosto, o Conselho Curador do FGTS aprovou a liberação de uma verba adicional de R$ 23 bilhões para o MCMV. Do total, R$ 21,95 bilhões serão destinados para a contratação de 600 mil unidades habitacionais. Pouco mais de R$ 1 bilhão deverá compor o subsídio que possibilita a redução das prestações. Com essa aprovação, a verba para habitação neste ano alcançará R$ 127 bilhões.

Levando isso em consideração, a capacitação das equipes para a adequação às exigências do programa, bem como planos de ação para antecipar as contratações e evitar sofrer com a falta do funding, são outras opções que vêm a calhar.

Analisando todo o contexto, as recentes alterações no programa Minha Casa, Minha Vida representam uma oportunidade para o setor da construção civil. Com o aumento da demanda por imóveis, a redução das taxas de juros e o aumento dos subsídios, as construtoras têm todos os ingredientes necessários para impulsionar seu crescimento e contribuir para a construção de uma sociedade mais justa e inclusiva.

Que os ventos continuem soprando a favor!