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Como as discussões da COP26 podem influenciar a demanda da WEG?

31 out 2021, 13:33 - atualizado em 31 out 2021, 13:33
WEG
Diante das metas para reduzir ou neutralizar as emissões de carbono, a WEG se mostra como parte da solução ao comercializar uma ampla gama de equipamentos e soluções sustentáveis, desde geração de energia até postos de recarga (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

Analistas da Ágora Investimentos estão atentos às novas discussões da 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP26), uma vez que devem influenciar positivamente a demanda da WEG (WEGE3).

“Esperamos que os países e as empresas anunciem novas metas para reduzir ou neutralizar as emissões de carbono. A WEG faz parte dessa solução porque a empresa pode comercializar uma ampla gama de equipamentos e soluções, desde geração de energia até postos de recarga”, comentaram Victor Mizusaki, do Bradesco BBI, e Luiza Mussi, da Ágora, em relatório divulgado na última semana.

A COP26 reúne representantes de mais de 190 países para discutir sobre os compromissos firmados para reduzir a emissão de gases de efeito estufa e frear o aquecimento global. A conferência teve início neste domingo (31) em Glasgow, na Escócia, e se estenderá até 12 de novembro.

Terceiro trimestre

A WEG divulgou na quarta os resultados referentes ao terceiro trimestre de 2021, com crescimento anual de 26,2% no lucro líquido, para R$ 812,9 milhões.

A receita operacional líquida atingiu R$ 6,1 bilhões no trimestre, o que corresponde a uma alta de 29,1%. Do total, o mercado interno foi responsável por R$ 2,9 bilhões em receita, enquanto o mercado externo somou um montante de R$ 3,2 bilhões.

O Ebitda, que representa o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, totalizou R$ 1,4 bilhão, crescimento de 22,3% na comparação ano a ano. A margem Ebitda caiu 1 ponto percentual, a 18,5%.

Na opinião da Ágora, a WEG segue apresentando uma sólida evolução no mercado externo e está bem posicionada para se beneficiar da “onda verde” (Imagem: Reprodução/YouTube Weg)

No geral, a WEG reportou bons resultados, na opinião da Ágora – mesmo com margens e rentabilidade menores.

“Apesar da pressão de custos e do retorno dos pedidos de aerogeradores, que apresentam margens de rentabilidade menores, a WEG apresentou ROIC (retorno sobre capital investido) saudável de 31,3%, uma pequena contração de 0,9 ponto percentual no comparativo trimestral, o que sugere que a empresa está se estabilizando em um patamar positivo e sustentável”, afirmaram os analistas.

Na opinião da Ágora, a WEG segue apresentando uma sólida evolução no mercado externo e está bem posicionada para se beneficiar da “onda verde”. Na mesma pegada das discussões da COP26, a companhia deve ganhar com os crescentes investimentos em geração de energia renovável.

A Ágora manteve recomendação neutra para a ação da WEG devido ao valuation. A companhia é negociada com múltiplo EV/Ebitda (valor da empresa sobre Ebitda) de 32,6 vezes para 2022, 79% acima de sua média histórica. A corretora vê potencial de valorização limitado para o papel.

A Ágora reduziu o preço-alvo da ação em 7%, para R$ 41.