Comprar ou vender?

Como aproveitar a maré de azar do Ibovespa (IBOV)? Esta ação pode ser a resposta

06 jun 2024, 18:30 - atualizado em 06 jun 2024, 18:34

Ibovespa (IBOV), finalmente, respirou aliviado, após dias procurando por ar. No pregão desta quinta-feira (6), o principal índice da bolsa brasileira subiu 1,23%, a 122.899 pontos.

No entanto, olhando sem lupa, o cenário não é agradável. O IBOV vinha de seis sessões seguidas no vermelho, quando, inclusive, chegou a perder os 122 mil pontos. No acumulado de 2024, o índice desvaloriza cerca de 8% e os analistas já esperam que ele entregue menos retorno no ano.

Para Rodolfo Amstalden, sócio-fundador da Empiricus, apesar do momento pessimista para a bolsa brasileira, não se trata de um cenário desesperador. “O fato da macroeconomia estar mal não quer dizer que nenhuma ação e nenhuma estratégia possam ir bem”, disse no programa do Money Times, o Giro do Mercado.

Amstalden destaca que, mesmo diante do pessimismo local, existem estratégias, entre as large caps e as small caps, que podem funcionar. “Por conta do desânimo do mercado, você consegue encontrar empresas com selo de qualidade por múltiplos muito mais descontados do que em um cenário de euforia”, avalia.

Por “selo de qualidade”, ele se refere àquelas companhias com previsibilidade de fluxo de caixa, que não são alavancadas ou têm uma alavancagem disciplinada e com grande capacidade de pagar proventos ao longo dos anos.

“Vamos, pacientemente, construindo e acumulando posição nessas empresas. Temos muito essa perspectiva de olhar para frente”, destaca.

SLC tem selo de qualidade

Para o sócio-fundador da Empiricus, a SLC Agrícola (SLCE3) é uma dessas companhias que tem selo de qualidade e que, devido à recente baixa do mercado, mostra um bom ponto de entrada.

A companhia “não está em um momento legal”, por conta dos eventos climáticos de safra, embora sofra menos do que seus pares por ter mais exposição ao Centro-Oeste brasileiro. Apesar disso, Amstalden ressalta que ela é uma ótima representação do agronegócio brasileiro.

“A SLC vem se aproveitando de pegar arrendamentos mais baratos e sempre com uma visão de longo prazo. Além disso, o Lã Nina tende a ser melhor para a companhia”, avalia.

Amstalden destaca que a SLC é contracíclica e tem rendimentos de dividendos já respeitados de 7% a 9%. No entanto, se o investidor carregá-la por mais tempo na carteira, pode ver um lucro por ação crescente e, eventualmente, aumento de payout. “Você surfa essa escalada do yield“, diz.

“A gente acha que é uma oportunidade de comprar SLC em uma eventual baixa de curto prazo. É uma empresa que já está razoavelmente madura a ponto de pagar dividendos com alguma previsibilidade”, recomenda.

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