Como a WEG pode aproveitar a onda de concessões de saneamento para lucrar
O Brasil vive um dos melhores momentos para investimentos em infraestrutura da sua história. Um dos setores agraciados pela chegada de novos aportes é o de saneamento básico.
Na última segunda-feira (14), dois consórcios, o Alagoas, formado pelas empresas Allonda e Conasa, e o Mundau (Cymi e ACS) levaram a concessão de saneamento no estado nordestino.
As empresas pagaram R$ 1,65 bilhão para entrar nos ativos. Essas, por sua vez, precisarão investir R$ 2,9 bilhões.
“A WEG (WEGE3) deverá se beneficiar de maiores investimentos em saneamento, pois a empresa poderá vender motores elétricos para bombas de água e tintas especiais”, observam os analistas Victor Mizusaki e José Cataldo, da Ágora Investimentos.
Em média, o mercado endereçável no setor de saneamento é de 3% a 4% dos investimentos, calculam.
Empresa barata
A queda de 20% da WEG desde de sua máxima, em outubro, deixou a ação barata e atrativa, aponta o Credit Suisse em relatório enviado a clientes.
Segundo o banco suíço, ao mesmo tempo que o papel cai o lucro sobe, superando os seus concorrentes em 40% e mais ainda quando olhamos para os últimos meses.
“Como consequência de tal descasamento (desempenho inferior das ações e desempenho superior da expectativa de lucros), a WEG sofreu uma redução significativa da classificação relativa”, afirma.