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Como a retomada da Argentina anima a Kepler Weber (KEPL3); CFO fala sobre efeitos dos juros e guerra comercial

22 abr 2025, 17:19 - atualizado em 22 abr 2025, 17:19
kepler weber kepl3
(Foto: Divulgação)

O CFO da Kepler Weber (KEPL3), líder na América Latina em soluções de pós-colheita, Renato Arroyo, em entrevista ao Money Times, explicou que a companhia segue atuando em todas as regiões do Brasil, mas que o negócios internacionais seguem como um dos focos da companhia.

“Crescemos 78,8% no segmento de negócios internacionais em 2024. Os nossos maiores clientes estão concentrados no Uruguai e Paraguai, e vemos com muito otimismo a retomada da Argentina no cenário macroeconômico. Passamos 5 anos sem vender para o país e voltamos a vender no ano passado, algo que aponta para uma melhor perspectiva de vendas em 2025″.

Arroyo comentou que a Argentina produz entre 130 e 150 milhões de toneladas e que isso gera oportunidades para a Kepler Weber.

“Podemos ter um crescimento célere na Argentina, o que nos propicia a crescer um país que já estamos de olho para os próximos anos. Queremos atender os clientes argentinos da melhor possível”.

KEPL3: Os efeitos da guerra comercial, juros altos e déficit de armazenagem

Perguntado sobre os efeitos da guerra comercial e das tarifas impostas por Donald Trump, o CFO enfatizou que o aço é o principal insumo da companhia em termos de custos.

“Se pegarmos 2023 contra 2024, houve uma queda de 15% para o aço. Isso resulta numa redução de preços. Estamos protegidos quanto a isso, não corremos risco com oscilações, mas esse recuo nos preços também atinge o faturamento. Olhando para a guerra comercial, se for igual aconteceu em 2018, podemos ver um cenário positivo para Kepler, porque passamos a ter outras vias para escoar, como é o caso da China”.

Outra questão que atrapalha a companhia é a questão dos juros mais elevados, mas Arroyo explica que fatores como safra recorde, crescimento dos preços das commodities e desvalorização do real propiciam a Kepler Weber a crescer mais no setor internacional e nacional.

“O déficit de armazenagem no Brasil era de 30% em 2024 e tende a crescer para 36%. Este é o nosso ‘alimento’. O insumo principal da nossa tese. Fora isso, o ambiente de negócios deve melhorar com o avanço das colheitas”.

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Repórter
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, também participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil e do Agro em Campo. Em 2024, ficou entre os 80 jornalistas + Admirados da Imprensa do Agronegócio.
pasquale.salvo@moneytimes.com.br
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Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, também participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil e do Agro em Campo. Em 2024, ficou entre os 80 jornalistas + Admirados da Imprensa do Agronegócio.
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