Como a Raízen (RAIZ4) agora vai buscar um retorno ‘brutal’
A Raízen (RAIZ4) prevê o lançamento e operação de 20 plantas de etanol de segunda geração (E2G) até 2030/2031, com capacidade para produção de 82 milhões de litros por planta.
O anúncio foi feito pela empresa no “Raízen Day”, evento realizado nesta quarta-feira (24), no Hotel Unique, em São Paulo.
O etanol de segunda geração (E2G), também chamado de bioetanol, etanol verde ou etanol celulósico, é um biocombustível feito a partir dos resíduos restantes do processo de fabricação do etanol comum (primeira geração) e do açúcar.
De acordo com Francis Queen, vice-presidente executivo de operações de Etanol, Açúcar e Bioenergia da companhia, as novas plantas significam um retorno “brutal” para Raízen.
“Esse retorno vem sem alterarmos nem mesmo um hectare de produção agrícola, com o incremento vindo apenas de resíduos. O grande diferencial do E2G é que ele não compete com alimentos”, comenta.
Assim, para cada planta de etanol, a companhia prevê um capex de R$ 1,2 bilhões, com 20% de retorno alavancado.
Novas plantas da Raízen
Segundo Queen, as novas plantas de E2G vão contar com 80% das suas operações padronizadas a partir da primeira planta da companhia, localizada em Piracicaba (SP).
No ciclo 2022/2023, a planta de Piracicaba produziu cerca de 30,3 milhões de litros de etanol de segunda geração, um avanço de 80% na comparação com o ciclo 18/19, quatro anos antes.
Além disso, a empresa confirmou o lançamento de uma nova planta de E2G em Guariba (SP), que deve ser entregue no segundo semestre de 2023.