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Como a política tarifária de Trump será boa para o bitcoin, segundo gestora do terceiro maior ETF de BTC do planeta

10 abr 2025, 15:46 - atualizado em 10 abr 2025, 15:47
Genesis
(Imagem: Grayscale/Divulgação)

A guerra comercial iniciada pelos Estados Unidos na figura do presidente Donald Trump vem injetando volatilidade nas bolsas e ativos de risco mundo afora. Contudo, uma pesquisa recente da Grayscale, uma das maiores gestoras de criptomoedas do planeta, afirmou que quem pode se beneficiar desse cenário é o bitcoin (BTC).

Em um relatório publicado na última quarta-feira (9), a gestora do terceiro maior fundo de índice (ETF, na sigla em inglês) dos Estados Unidos aponta que a política tarifária de Trump deve levar o país para um cenário de “estagflação” — quando o crescimento econômico é muito baixo ou nulo em meio a um cenário de inflação elevada. 

Historicamente, o cenário de estagflação tem um impacto negativo nos retornos de ativos tradicionais — como títulos e ações —, enquanto favorece commodities escassas, como o ouro.

E, vale lembrar, o bitcoin é considerado o “ouro digital” pela sua escassez programada pela blockchain. É com base nessa narrativa e no cenário que se apresenta que a Grayscale argumenta que o BTC pode começar a ser visto como essa commodity virtual e uma reserva de valor moderna.

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Bitcoin (BTC) ainda não é essa reserva

Contudo, vale dizer que o bitcoin e as demais criptomoedas têm se comportado como ações de tecnologia, acompanhando o desempenho do S&P 500 e o Nasdaq, por exemplo.

Ou seja, ainda que exista uma perspectiva de descolamento (decoupling), o BTC ainda se comporta como um ativo  em bolsa — consequentemente, sofrendo junto com elas.

Assim, as tensões comerciais resultantes de tarifas também devem afetar a demanda pelo dólar americano, de modo a criar oportunidades para ativos concorrentes — como outras moedas fiduciárias, o ouro e o bitcoin.

O cenário que se desenha, segundo a Grayscale

A pesquisa da Grayscale destaca que a diminuição dos fluxos comerciais com os EUA, predominantemente realizados em dólares, pode levar a uma menor demanda transacional pela moeda.

Somado a isso, o conflito com outras nações em virtudes das tarifas comerciais pode enfraquecer a narrativa do dólar como reserva de valor, “potencialmente impulsionando ativos alternativos como o bitcoin”, segundo o levantamento.

Por fim, a Grayscale sugere que investidores com foco no longo prazo considerem o posicionamento de portfólios para uma potencial fraqueza do dólar e uma inflação acima da meta e acredita que o Bitcoin provavelmente se beneficiaria desse contexto.

Vale lembrar que o investimento em criptomoedas é altamente arriscado e o investidor deve manter uma parcela responsável do seu portfólio em ativos digitais.

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É editor-assistente do Money Times. Formado em jornalismo pela ECA-USP, estuda ciências econômicas na São Judas. Atuou como repórter no Seu Dinheiro, Editora Globo e SpaceMoney.
renan.sousa@moneytimes.com.br
É editor-assistente do Money Times. Formado em jornalismo pela ECA-USP, estuda ciências econômicas na São Judas. Atuou como repórter no Seu Dinheiro, Editora Globo e SpaceMoney.
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