Como a Petz (PETZ3) derreteu mais de 25% em apenas três dias
As ações da Petz (PETZ3) caminham para encerrar esta segunda-feira (9) com uma baixa acumulada de 26,8% em apenas três dias, chegando a sua mínima histórica de R$ 11,90.
O desempenho reflete o momento de aversão ao risco dos mercados globais, com investidores temendo o avanço da inflação e a alta dos juros, mas também expectativas não cumpridas sobre a empresa com o balanço mais recente.
Bem vista por analistas dentre a nova safra de empresas da bolsa brasileira, a Petz apresentou na sexta (6) um Ebitda de R$ 52 milhões no primeiro trimestre, avanço anual de 19,6% – mas 49% abaixo do esperado (pelos cálculos da Genial Investimentos).
A margem Ebitda ficou estável em 7,9%, mas foi 6,5 pontos percentuais abaixo da expectativa da corretora.
O analista Adriano Castro, da Genial, disse que fica “evidente” que o ambiente inflacionário vem pressionando os custos da companhia.
Segundo ele, a alta dos preços afeta componentes da matérias-primas encontradas nas rações dos animais de estimação (que consistem de proteína animal, milho e soja).
O Bradesco BBI ponderou que os principais fatores adversos são a aceleração das aberturas de lojas e a aquisição da Zee.Dog, ambos os quais consideramos “bons” ventos contrários.
O crescimento orgânico e inorgânico, disse o banco, contribuirão “significativamente para o crescimento da receita futura e diluição de custos”.
A instituição afirma que o balanço do primeiro trimestre não mostrou evidências de que o ambiente macro no Brasil possa levar a um rebaixamento dentro da categoria de pet food, pressionando o crescimento das vendas e a margem bruta.
A hipótese seria uma preocupação dos investidores, segundo o Bradesco BBI.
“A empresa bem posicionada para capitalizar a oportunidade de crescimento oferecida por um mercado altamente fragmentado”, diz trecho do relatório assinado por Vicente Falanga e equipe.
Analista da Ativa Investimentos, Lívia Rodrigues, disse na sexta que o tombo da ação da Petz era injustificável, mas reconheceu que fatores com a alta dos grãos podem atrapalhar o desempenho do papel.
“No curto prazo, tudo pode acontecer, por isso, nossa recomendação de compra é para o longo prazo”, afirmou.
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