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Como a Natura (NTCO3) pode destravar dividendos de até 12% de retorno, segundo Safra

15 jul 2024, 12:16 - atualizado em 15 jul 2024, 12:18
Os analistas Vitor Pini, Pedro Tineo e Tales Granello, que assinam o relatório, notam que a Avon Internacional continuará pesando nos resultados

A Natura (NTCO3) pode destravar entre 6% e 12% de retorno em dividendos extraordinários caso a cisão da Avon Internacional avance, vê o Safra em relatório de início de cobertura do papel enviado a clientes nesta segunda-feira (15). O estudo para separar a Avon em uma nova empresa, que, inclusive, poderia ser listada, começou no início do ano.

De acordo com os analistas, o pagamento poderia favorecer a Natura no curto prazo. Mesmo assim, o banco não vê grande potencial para a empresa, que levou classificação neutra com preço-alvo de R$ 17, potencial de alta de 7%.

Os analistas Vitor Pini, Pedro Tineo e Tales Granello, que assinam o relatório, notam que a Avon Internacional continuará pesando nos resultados, com queima de caixa de R$ 316 milhões por ano, considerando uma margem Ebitda, que mede o resultado operacional, de 7%.

“Portanto, seria necessário atingir uma margem de 12% para que ela seja neutro em caixa. Em nossa opinião, quase dobrar a margem atual não é uma tarefa fácil, especialmente considerando os últimos resultados”, diz.

Ainda segundo o trio, a queda de receita resultou em margens menores devido à alavancagem operacional, apesar dos esforços da empresa para reduzir despesas.

A Avon Internacional tem operações em aproximadamente 35 países e a maior parte de sua receita vem da Europa, que foi duramente impactada pela guerra entre Rússia e Ucrânia e um cenário macro desafiador.

Os números da empresa encolheram R$ 4 bilhões, passando de R$ 10,8 bilhões em receita bruta em 2020 para os R$ 6,8 bilhões esperados em 2024.

Pelos cálculos dos analistas, a Natura negocia a 6,8x 2025 EV/ Ebitda (valor da firma sobre resultado operacional), o que se compara ao seu nível histórico de 10x e à negociação de pares internacionais a 13x.

Além disso, a empresa produz um ROIC (retorno sobre o capital investido) próximo de 8%, ou 18%, excluindo o goodwill (valor adicional pago por um comprador ao adquirir uma empresa).

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
renan.dantas@moneytimes.com.br
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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