Como a Indonésia deixa no limbo as cotações do óleo de soja ao complicar a vida do de palma
As tradings e os exportadores indonésios de óleo de palma estão conseguindo escoar os lotes de produtos que ficaram parados quando o governo decretou a interrupção dos embarques por três semanas, mas as incertezas sobre a liberação anunciada ainda deverão marcar os próximos dias e afetar os movimentos de outros óleos de cozinha, como o de soja.
Os reflexos no grão também são comuns, como ocorre com as oscilações do farelo, sempre que os os concorrentes dos derivados sobram ou faltam no mundo.
Ainda tem o cruzamento desse mercado vindo da guerra da Ucrânia, porém o fiel da balança para o produto comestível vem mesmo do que Jacarta detalhará dos planos de expedir licença de exportações mediante capacidade de cumprimento da Obrigação do Mercado Doméstico (DMO, do inglês).
A Indonésia é dona de 60% do produto mundial dessa palmeira e abastece basicamente a Ásia, da Índia à China, o que deixa o suprimento para cozinhar como o mais consumido no globo.
A medida adotada de paralisar as vendas internacionais foi para assegurar que os preços domésticos ficassem mais comportados, depois da disparada que veio com os primeiros tiros russos no país vizinho. A adoção do DMO, segundo informações da Reuters, deixaria no mercado doméstico 10 milhões de toneladas e os players estão tentando entender as contas.
Nesse sentido, na medida em que a CBOT Chicago desconta os embarques que estavam represados do óleo de palma na Indonésia, nesta segunda (23), das cotações do óleo de soja – cai em torno 0,50%, próximo de 80,45 centavos de dólar por libra-peso, às 14h40 (Brasília) -, a volatilidade dos últimos pregões seguirá refletida até que haja maior clareza.
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