Como a Fitch agora vê Petrobras (PETR4) e Lula
A Petrobras (PETR4) e o BNDES estão adotando mudanças moderadas em suas estratégias corporativas, avaliou a Fitch em relatório desta quarta-feira (26) ao elevar a nota de crédito de longo prazo em moeda estrangeira do Brasil de “BB-” para “BB”.
Para a agência, as mudanças “provavelmente” não reacenderão as distorções que prejudicaram o desempenho econômico da petrolífera e do banco de desenvolvimento no passado.
A Fitch avaliou que a reforma do imposto sobre o consumo visa simplificar o sistema altamente complexo do país e eliminar as distorções que alimentam a má alocação de capital.
“O presidente Lula defende uma mudança na agenda econômica liberal dos governos anteriores, mas parece que adotará uma abordagem pragmática em vez de intervencionista”, disse.
Para a Fitch, é improvável que Lula busque grandes reversões das reformas liberais promulgadas nos últimos anos, como a privatização da Eletrobras (ELET3).
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O que tem acontecido com a Petrobras
A principal preocupação do mercado com a Petrobras é em relação ao novo plano de investimentos da companhia, que será divulgado neste ano. Investidores querem saber como a empresa vai alocar capital e de que forma a nova política impactará os dividendos.
XP Investimentos espera por uma distribuição de 40% do fluxo de caixa operacional (FCO) menos Capex, frente a 60% da política vigente.
O diagnóstico, disse a corretora em documento assinado por Andre Vidal e Helena Kelm, tem como base práticas de pares internacionais e na avaliação de que a empresa acumularia muito caixa se desembolsasse valores menores.
Os analistas disseram que já assumem níveis baixos de dívida bruta, de cerca de US$ 50 bilhões. “Resta saber como será a nova política de fato. Por exemplo, vemos boas chances de que a nova política acabe sendo mais flexível e discricionária do que a atual”, comentaram.
A diretoria da Petrobras afirmou na semana passada que os dividendos do segundo trimestre serão calculados com base em uma nova regra. Segundo diretor financeiro, Sergio Caetano Leite, os estudos que vão basear as novas regras devem ser concluídos até o fim do mês.