Como a estratégia de Trump para o dólar americano pode impactar o bitcoin
Desde a queda dos mercados em março, a administração do presidente Donald Trump, bem como o Federal Reserve estão tentando impulsionar a economia devastada pela pandemia do coronavírus.
Mesmo com o crescente número de casos no país, os EUA estão tomando medidas para manter a força de trabalho operante e impulsionar os gastos.
Thiago Cesar — Armadilha de Tucídides:
a moeda digital chinesa e a ameaça ao padrão dólar
Dentre as medidas, como corte nas taxas de juros e injeção de dinheiro na economia, pode ser que pessoas prefiram o bitcoin e descartem o fraco dólar americano, explica o Decrypt.
Isso porque, apesar de ter caído mais do que 50% em março e ter sofrido o forte impacto da pandemia assim como os mercados acionários, o preço do bitcoin se recuperou no segundo e no quarto trimestres, atingindo acima de US$ 12 mil antes de cair para US$ 10 mil.
Em contraste, o dólar americano não se recuperou tão bem e caiu em comparação com o euro, a libra, o iene e o yuan desde março.
Por ser a principal moeda de reserva do mundo, grande parte dos mercados americanos são correlacionados à performance do dólar, incluindo ações, imóveis e patrimônios.
Assim, o bitcoin foi considerado como um ativo descorrelacionado que se move independente dos outros mercados tradicionais. Como resultado, é considerado como uma proteção contra a alta inflação do dólar.
A força do bitcoin pode continuar a crescer devido ao enfraquecimento do dólar. Se as novas políticas fiscais do Fed continuarem prejudicando — e fazendo o mercado acionário despencar — existe uma possibilidade de que afete o bitcoin, assim como em março, mas ainda não se sabe a que grau.
Isso porque a criptomoeda esteve correlacionada com os mercados globais, mas não demorou tanto para se recuperar. Esperamos que seja um impacto positivo.
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