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Como a AHS nos EUA coloca a MRV no centro das atenções do setor de construção no Brasil

30 dez 2021, 11:18 - atualizado em 30 dez 2021, 11:18
MRV
A ação da MRV é top pick da Ágora entre as construtoras brasileiras (Imagem: Money Times/Gustavo Kahil)

As operações da MRV (MRVE3) nos Estados Unidos têm ganhado cada vez mais espaço nos planos de crescimento da construtora.

Na opinião da Genial Investimentos, a AHS Residential, subsidiária americana da companhia, está aproveitando bem o boom imobiliário que está acontecendo pelo mundo, colhendo bons frutos de uma demanda consistente. Em uma semana, a MRV anunciou a venda de três empreendimentos na Flórida.

Nesta última terça, a companhia informou que concluiu a venda do Lake Worth por um VGV (Valor Geral de Vendas) de US$ 54 milhões, representando um recebimento líquido de US$ 27,7 milhões.

Em comunicado, a MRV destacou que o Lake Worth reportou uma margem bruta significativamente superior à média de 28% estimada para o plano de negócios da companhia, visto que o empreendimento foi concluído em 2015.

Pouco antes de anunciar a venda do Lake Worth, a MRV confirmou a venda dos empreendimentos Pine Groves e Princeton Groves, totalizando VGV de US$ 95 milhões e recebimento líquido de US$ 47,4 milhões.

Segundo a Ágora Investimentos, as últimas transações confirmam a importância da AHS para a MRV, principalmente em um momento onde o cenário macroeconômico no Brasil se mostra desafiador.

Pelas estimativas da corretora, que tem a ação da MRV como top pick entre as construtoras brasileiras, as operações da AHS devem representar 38% dos resultados da controladora. E, mesmo em um ano de transição como 2022, analistas acham que a subsidiária americana pode entregar vendas adicionais de projetos em construção.

A Genial chama atenção para os planos ambiciosos da MRV envolvendo a AHS. A companhia quer lançar R$ 6 bilhões em imóveis pela controlada até 2025, aumentando a participação da subsidiária para 33% dos imóveis lançados pelo grupo no total.

Em relatório divulgado nesta quarta, o BTG Pactual (BPAC11) manteve, por ora, sua recomendação de compra para a MRV, com preço-alvo de R$ 23.

A Ágora também seguiu com a indicação de compra da ação, com preço-alvo ao fim de 2022 de R$ 24.

Vendas da Luggo

A MRV informou nesta quinta que assinou um acordo com um veículo da Brookfield Asset Management para a venda de empreendimentos da Luggo, sua startup com foco em locação de imóveis.

De acordo com a construtora, a transação, dividida em três fases, envolve 5.100 unidades e totaliza VGV de R$ 1,26 bilhão.

A companhia já fechou as primeiras vendas, referentes à fase 1 do acordo: Luggo Cabrale, em Contagem (MG), e Luggo Piqueri, em São Paulo (SP).

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