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Commodities: paládio e níquel devem manter ganhos com regras para emissões

23 dez 2019, 12:57 - atualizado em 23 dez 2019, 12:57
Aço Commodities
Dois metais com maior alta em 2019 devem permanecer com ganhos (Imagem: Reuters/Stringer)

O paládio e o níquel, os dois metais com melhor desempenho em 2019, devem continuar a brilhar em 2020, impulsionados por uma indústria automobilística que se transforma para enfrentar novos desafios na redução das emissões de carbono.

Leis ambientais mais rigorosas na Europa e na China podem aumentar o uso de paládio em autocatalisadores que reduzem as emissões em veículos movidos a gasolina.

Enquanto isso, a esperada expansão dos veículos elétricos sustenta a demanda por níquel, um material fundamental em baterias recarregáveis e aço inoxidável.

A oferta de ambos os metais, geralmente produzidos nas mesmas minas, está apertada, impedindo que os preços caiam. Analistas projetam que as cotações do paládio, que ultrapassaram US$ 2.000 a onça no início da semana passada, possam subir para US$ 2.500 em 2020.

Metais podem apresentar forte alta em 2020 (Imagem: Pixabay)

Embora o níquel tenha caído recentemente, a cotação estava no maior nível em cinco anos. A previsão mediana de 10 bancos para 2020 é de um aumento de pelo menos 10%.

“2020 será o ano com o maior número de mudanças na legislação de emissões”, segundo Ryan McKay, analista da TD Securities. Ambos os metais “são motivados por preocupações ambientais e pela pressão por automóveis mais limpos”, disse.

Paládio

UBS, Citigroup e Morgan Stanley esperam que o mercado permaneça apertado em 2020. No Morgan Stanley, analistas projetam um déficit de 1,06 milhão de onças.

A China deve implementar rígidos padrões de emissões a partir de janeiro, enquanto a Europa expandirá os padrões Euro 6d com novas taxas para proprietários de carros que não atendem aos padrões.

Níquel

O níquel oferece um quadro mais complexo.

Uma proibição prevista das exportações da Indonésia, o maior fornecedor mundial de minério de níquel, poderia elevar os preços a partir de 2020. O país busca desenvolver seu próprio minério para níquel acabado, em vez de enviá-lo para processamento na China.

Alumínio Titânio e Níquel
Commodity possui quadro mais complicado com possível interrupção na oferta (Imagem: Reuters/Ilya Naymushin)

Mas, como a China e outros consumidores já acumularam grandes volumes de minério em antecipação à proibição, o aumento de preço não é garantido e pode não durar muito caso ocorra.

Mas, com o passar do ano, os estoques podem encolher e os preços subiriam para US$ 15.000 a tonelada no fim de 2020, em relação aos cerca de US$ 14.000 agora, de acordo com relatório de 11 de dezembro de analistas do Morgan Stanley, que incluem Susan Bates.

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