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Clima nos EUA evidencia ‘bipolaridade’ nos futuros da soja e do milho em Chicago

23 ago 2023, 11:20 - atualizado em 23 ago 2023, 11:20
milho soja clima
Enquanto o cenário para o milho aponta para um viés negativo, a soja segue mais sensível quanto às variações climáticas; entenda (Imagem: Sistema FAEB)

O contrato futuro do milho com vencimento para dezembro avançava 0,73%, a US$ 4,83, perto das 9h30 desta quarta-feira (23), enquanto o contrato da soja novembro caía 0,41%, a US$ 13,40.

De acordo com Allan Maia, analista de milho na Safras & Mercado, o viés para os preços na Bolsa de Chicago (CBOT) é negativo, já que as lavouras estão praticamente finalizadas e as condições climáticas estão melhores que no ano passado.

Segundo Maia, o clima nos Estados Unidos exerce menor pressão sobre os preços do grão. Ainda vale ter atenção com a previsão do tempo norte-americana.

“Além disso, as exportações nos EUA seguem fracas, o que fortalece esse cenário de baixa”, pontua.

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Cenário para soja

Por outro lado, a soja está mais sensível quanto ao clima no país norte-americano, apesar das regiões produtoras de Ohio e Dakota do Sul contarem com boas projeções quanto à produtividade.

Para Rafael Silveira, analista da oleaginosa na Safras, o momento é de indecisão no mercado, com um cenário que indica movimentos de alta.

“De um lado, temos o weather market (mercado climático), com chance para o tempo seco impactar e reduzir a produtividade médias das lavouras norte-americanas. Outro fator altista que podemos apontar fica para a maior demanda pelo grão norte-americano da safra nova, já que vemos constantemente grandes volumes de negócios sendo reportados pelo USDA para a temporada 2023/2024”, explica.

No entanto, apesar dessa maior demanda, o último levantamento das lavouras norte-americanas ficaram abaixo do esperado pelo mercado até o dia 20 de agosto.

Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), 59% das lavouras de soja estão entre boas e excelentes condições (mercado esperava 60%), enquanto 28% estão em situação regular e 13% em condições entre ruins e muito ruins.

“Na quinta-feira (24), saem os relatórios de exportação semanal dos EUA, e como a demanda está mais “aquecida”, os números devem trazer um viés positivo no curtíssimo prazo”, finaliza.