Índice do medo (VIX) dá as caras e puxa tapete de soja, milho e trigo em Chicago
Os contratos futuros da soja, milho e trigo apagaram ganhos dos últimos dias e caem nesta quinta-feira (21) em Chicago (CBOT). Afinal, as commodities agrícolas também embarcam no dia aversão a ativos de risco pelos investidores no mercado financeiro.
Isso porque o índice do medo (VIX), que mede a volatilidade dos mercados, disparava mais de 7% a US$ 16,20 nesta manhã. Então, investidores ainda digerem o fato de o Federal Reserve ainda poder continuar subindo juros nos Estados Unidos.
Portanto, os futuros da soja, milho e trigo interrompem seus movimentos de recuperação após a Super Quarta, embora haja retomada de operações globais de exportação.
No caso do milho, o grão vinha se afastando de mínimas de preço de três anos ao aproveitar dois fatores:
- incerteza sobre os rendimentos nos EUA; e
- expectativas de que o Brasil possa ter uma colheita menor no próximo ano.
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estimou na terça-feira uma queda de 9,1% na safra total de milho do Brasil no ciclo 2023/2024 em comparação com o ciclo anterior.
“Essa é uma grande queda”, disse à Reuters Dan Basse, presidente da AgResource, com sede em Chicago. “Quando o mercado dos EUA percebeu isso, foi motivo para cobrir as posições vendidas nas mínimas de três anos”, disse ele.
- Qual é o impacto do fim do Juros sobre Capital Próprio (JCP) para os investidores? O analista Ruy Hungria comenta em sua participação no programa “Onde Investir”.
Commodities agrícolas no negativo em Chicago (CBOT)
Por volta das 8h45 (horário de Brasília), o contrato da soja, com vencimento em novembro, mergulhava 15 centavos de dólar.
Assim, o grão chegou a valer US$ 13,05 por bushel, queda de 1,15%.
Então, o contrato de milho, com vencimento em dezembro, caía 2,50 centavos de dólar, a US$ 4,79 por bushel, baixa de 0,5%.
No mesmo instante, o futuro do trigo, com vencimento em setembro, cedia 3,75 centavos de dólar, a US$ 5,85 por bushel, desvalorização de 0,7%.
*Com informações da Reuters