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Commodities caminham para mercado de alta em 2021, diz Goldman Sachs

22 out 2020, 14:00 - atualizado em 22 out 2020, 14:00
O Goldman projetou os preços do ouro em uma média de 1.836 dólares por onça em 2020 e 2.300 dólares por onça em 2021 (Imagem: REUTERS/Brendan McDermid)

O enfraquecimento do dólar, o aumento dos riscos de inflação e a demanda guiada pelos estímulos fiscais e monetários de importantes bancos centrais farão com que as commodities verifiquem um mercado de alta em 2021, disse nesta quinta-feira o Goldman Sachs.

O banco projetou um retorno de 28% em um período de 12 meses para o índice S&P/Goldman Sachs Commodity Index (GSCI), com um retorno de 17,9% para metais preciosos, 42,6% para a energia, 5,5% para metais industriais e um retorno negativo de 0,8% para a agricultura.

Neste momento, os mercados estão cada vez mais preocupados com a volta da inflação, afirmou o banco de Wall Street.

As políticas de expansão fiscal e monetária em economias desenvolvidas seguem empurrando as taxas de juros para baixo e criando demanda por “hedges” para os riscos de inflação, o que eleva a demanda por metais preciosos, disse o Goldman Sachs em nota.

O Goldman projetou os preços do ouro em uma média de 1.836 dólares por onça em 2020 e 2.300 dólares por onça em 2021, e espera que os preços da prata girem em torno de 22 dólares por onça em 2020 e de 30 dólares por onça no próximo ano.

Neste momento, os mercados estão cada vez mais preocupados com a volta da inflação, afirmou o banco de Wall Street (Imagem: Reuters/Shannon Stapleton)

As commodities não energéticas podem registrar uma “alta imediata”, à medida que o balanço do mercado fica mais apertado em meio às expectativas de firme demanda da China e riscos climáticos, afirmaram os analistas do Goldman Sachs.

O banco manteve uma visão “neutra” para as commodities no curto prazo e “overweight” no médio prazo.