Commodities agro: sem bolsas nos EUA, dia para calibrar sem pressão os sinais para a 3ª feira
Com algum apoio de fundamentos, os traders ajustaram posições altistas na sexta, em todas as commodities agrícolas, antes do fim de semana prolongado.
E sem bolsas de Chicago e Nova York, a segunda (16) deve ser um dia para os exportadores calibrarem todas as variáveis de dentro de fora de cada setor à espera do que virá amanhã.
De dentro
Caso específico das condições de oferta e demanda, em relação à soja e milho, a observar as notícias do clima na Argentina. Algumas chuvas são aguardadas, mas longe de atestarem benefícios, pelo menos dados os informes da sexta.
O Brasil segue com boas chuvas no começo de colheita.
Lembra-se que na quinta o USDA registrou expectativa de suprimentos globais menores, inclusive da safra americana já colhida, o que oferece sustentação.
Quanto à demanda, embora não haverá negócios com os grãos americanos, pelo feriado de Martin Luter King, fica no ponto algum movimento chinês em direção ao Brasil e Argentina, apesar de pouco se esperar.
O açúcar está balançando entre dúvidas de que o etanol no Brasil volte a ser competitivo, se o presidente Lula não reeditar a desoneração dos combustíveis ao fim de fevereiro, uma safra nova em boa recuperação aqui – e com tendência de ser antecipada diante das chuvas – e o petróleo em linha de perspectiva de aumento de demanda com a China sem impor novas travas à covid.
Nesta segunda está em realização de lucros, após várias altas.
O café acumulou franca baixa na semana, embora os operadores lançaram compras na sexta para deixar nova York num patamar pouco melhor na volta da terça.
Mas, de todas as commodities, é a que tem maior pressão baixista, pelas previsões de que a safra brasileira será boa. As chuvas em Minas, Norte de São Paulo e Espírito Santo fornecem bom desenvolvimento.
De fora
Enquanto os índices acionários e asiáticos não têm peso sobre as commodities – os únicos em operação nesta abertura de semana, os olhos se voltam para os futuros nos Estados Unidos.
Como também o dólar DXY, cotejado internacionalmente, vai ser monitorado.
Respectivamente, caem e sobe, modestamente.
Apesar de sinais de desaceleração da inflação nos EUA, oferecendo suporte para o Fed amenizar a alta de juros em fevereiro, ainda prevalece sentimento de cautela.
No Brasil, o dólar testou uma leve recuperação na sexta, em mais 0,12%, e o andamento de hoje, sem a pressão americana, será importante sinal para a terça.