Commodities agro: malabarismo das análises é anulado pelas influências ‘de fora’
A volatilidade das commodities agrícolas continua explícita e os malabarismos dos analistas para explicar esses movimentos diários, com base em fundamentos, acabam se perdendo a cada sessão dos mercados futuros.
Lockdown na China em algumas regiões, feriado por lá até amanhã também, a receita do Federal Reserve já dada sobre nova rodada de altas de juros no combate a inflação, o aumento das sanções europeias à Rússia como até a supressão do petróleo – que volta a subir nesta quarta (4) cerca de 4,17%, a US$ 109,37 -, pairam sobre os fundamentos.
Até o dólar no Brasil entra no jogo, que saiu da terça em baixa expressiva, enquanto o dólar index recua e os índices futuros de ações no EUA avançam.
Atraso no plantio de soja e milho nos Estados Unidos, na média dos últimos anos, dariam suporte para altas, mas Chicago assim mesmo vem de duas fortes quedas. Ontem, parecia haver certa estabilidade, mas acabou caindo quase 1%.
A soja tenta se recuperar, a 0,80%, US$ 16,43 o bushel, às 8h50 (Brasília), mas sem apostas firmes para o contrato de julho.
O milho padeceu do mesmo padrão, ainda que tenha viés de alta mais claro que o outro grão. Também vem de dois pregões em Chicago de recuos consideráveis no julho. Agora vai em elevação de 1,12%, a US$ 8.
O açúcar tenta voltar aos 19 centavos de dólar por libra-peso (18,80 c/lp), empurrado pela valorização do óleo cru em Londres, mas balançando entre a safra do Brasil que começou lenta e maior entrega da Ásia.
Parecido com o caso do café que procura ganhar fôlego também, subindo mais 1,40% (220,93) depois de baixas pelos mesmos parâmetros ‘de fora’ que influem nas cotações.