Commodities agro levarão para a 6ª (20) a mesma aversão ao risco ou fundamentos falarão mais alto?
A aversão ao risco que tomou conta das commodities agrícolas nesta quinta (19), empurrada pelo mercado financeiro, fica no radar para os negócios da sexta (20), mas ao menos para a soja e o milho os agentes acreditam em fundamentos altistas que possam reverter o quadro.
Avanço da covid, impactando consumo, FED sinalizando com fim dos estímulos à economia e o Afeganistão na rabeira são os motivos do estresse.
A forte perda dos futuros da soja e milho, de 33 (-2,30%) e 14 pontos, respectivamente, em Chicago, devem ser contornadas com a divulgação aguardada do Pro Farmer Crop Tour, o principal rali de safra dos Estados Unidos, praticamente finalizando as condições de produção das duas safras por lá.
E permanece a tendência de baixa das condições, como vem demostrando o USDA semanalmente. Também no início do próximo mês o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos deve divulgar seu balanço final.
O açúcar também fica em destaque e, indiretamente, o etanol no Brasil.
O adoçante perdeu o suporte dos 20 centavos de dólar por libra-peso com a queda brusca do petróleo, em 2% (chegou a US$ 66 em parte do dia), mas ainda tem fundamentos de alta pela quebra da safra no Brasil.
Com isso, cresce a expectativa em relação aos lances da Petrobras (PETR4) em relação ao preço da gasolina, que impacta diretamente na competitividade do hidratado.
O algodão, por sua vez, foi a terceira commodity agro a mais perder na sessão de hoje. Mais de 2,20% (92,73 c/lp), pela ligação direta com o consumo em suspense pelo avanço da covid.
Café também sentiu o impacto da fuga dos derivativos, mas, como o açúcar, ainda tem suporte pela safra brasileira bem menor.