Commodities agro aguardam o Fed para definirem rumos entre fundamentos e economia
O anúncio sobre as novas taxas de juros dos Estados Unidos deverá ser às 14 horas de Washington, nesta quarta (27), tempo suficiente para mexer com as commodities agrícolas, como os demais ativos variáveis, até o fechamento das bolsas.
Há uma aposta firme sobre a elevação de 75 pontos-base, seguindo sinais dados pelo Federal Reserve (Fed) diante de um ciclo inflacionário de 9,1% em 12 meses, o maior em 40 anos.
Em paralelo, os últimos indicadores de confiança dos consumidores e de moradias mostraram que a desaceleração econômica está em curso, além do que os primeiros balanços corporativos também apresentaram resultados mais fracos. Caso do Walmart, General Motors e McDonald’s.
O aumento do Fed Fund em 0,50 pontos percentuais, portanto, não está inteiramente descartado, caso o board do banco central americano entenda que a menor atividade econômica do país possa botar um freio de demanda sobre o custo de vida.
Ontem, as bolsas fecharam em baixa e o dólar index (DXY) subiu. Já nesta passagem do dia, às 7h40 (Brasília), a divisa americana cotada internacionalmente recua moderadamente, enquanto os índice futuros de ações US 500 e US 30 avançam. À espera da abertura de Wall Street, ao menos estão mostrando um viés mais positivo, inclusive o barril do petróleo está positivo em Londres e Nova York.
Os derivativos agrícolas ficaram divididos, como os principais mais colados aos seus fundamentos, após muita oscilação em semanas, em torno dos desafios macroeconômicos e da guerra da Ucrânia.
Soja e milho tiveram dados ruins sobre a qualidade das lavouras nos Estados Unidos e se valorizaram. A oleaginosa também se aproveitou da menor oferta de farelo da Argentina.
Agora, o grão permanece em alta moderada (18 pontos no agosto e 4 no setembro, US$ 15,51 e US$ 14,040) e o cereal, que vinha em tentativa de realização de lucros, entrou na tabela contrária, em mais 0,29% (US$ 5,28).
O trigo ainda segue as dúvidas da oferta ucraniana, com acordo com a Rússia a sofrer incertezas de manutenção após novos ataques a Odessa. E renova mais de 1,30% de alta, a US$ 8,14 no contrato de setembro.
As commodities mais diretamente associadas ao consumo final, como café, açúcar e algodão, sempre ficam mais sujeitas ao impacto da sombra da recessão, mas estão otimistas em Nova York nesta saída das operações da noite, especialmente o algodão que se valoriza bem (2,29%, 96,64 c/lp).
A decisão do Fed influirá diferentemente, dependendo da taxa, na reta final dos pregões de Chicago e Nova York.
No teto (0,75 pp) incentivará uma fuga de recursos muito maior, inclusive amanhã. No piso (0,50 pp), pode dar um pouco mais de fôlego, inclusive para todos os mercados, oferecendo mais suportes de fundamentos às cotações.
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