Commodities agrícolas: semana curta e com carnaval de geopolítica e de indicadores importantes dos EUA

Serão dias de toda atenção será pouca, pelo menos até o próximo final de semana para os operadores das commodities agrícolas.

Semana de quatro dias úteis nos Estados Unidos, com o feriado local nesta segunda (20). E de praticamente três no Brasil, porque sem câmbio, e sem mercado interno, não há baliza para qualquer intensão do exportador fazer operação, mesmo com Chicago e Nova York voltando a amanhã.

No meio do caminho, o início das renegociações sobre a Iniciativa de Grãos do Mar Negro, ao completar um ano de guerra na Ucrânia.

Esta já reclama que as inspeções russas estão deliberadamente retardadas na liberação dos embarques; os invasores criticam a falta de contrapartidas aos seus produtos, entre as quais a ameaça de teto de preços das commodities energéticas, enquanto reforçam suas frentes de combate, além do envio de armas do Ocidente. Questões que podem ser usadas como moeda de troca e criar obstáculos às negociações.

O presidente Joe Biden ainda fez visita surpresa à Ucrânia, o que atiça mais a irritação de Moscou.

Ao largo, novo ingrediente nas tensões entre Estados Unidos e China, após notícias de que Pequim avalia enviar armas à Rússia, depois que o balão – espião ou meteorológico – chinês foi abatido. Antony Blinken, secretário de Estado de Joe Biden, que já havia cancelado ida ao país, lançou advertências em encontro neste final de semana em Munique.

Os dois cenários acima têm poder de ocasionar oscilações ou tirar liquidez dos mercados, na medida em que os fundos tendem a aguardar sinais mais claros, inclusive porque o impacto sobre os ativos financeiros – bolsas e dólar index – e no petróleo devem se misturar com os últimos dados da economia dos EUA que ainda estão sendo digeridos.

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E na terça sai o PMI, o índice de atividade industrial, e na sexta o PCE, o índice de preços anual, que mostrarão o nível de implicação dos juros na produção e sua efetiva consequência no controle da inflação.