Commodities: 3 ações que despertam mais interesse nos investidores, segundo BofA

Investir em commodities ficou ainda mais desafiador com o conflito na Ucrânia. Segundo o Bank of America (BofA), os investidores estão desconfortáveis com a falta de visibilidade e a alta volatilidade que se instaurou no setor.

O BofA destaca a natureza ambígua dos fatores exógenos que têm colocado mais pressão nas commodities – particularmente o conflito Rússia-Ucrânia, cuja resolução é vista como risco para a deflação dos preços.

Segundo o banco, boa parte dos investidores vê o mais recente rali das commodities como um resultado do choque na demanda global e acredita que tem período curto de duração.

Apesar de todas as preocupações, os investidores continuam alocados em ativos ligados ao setor. Segundo o BofA, três ações têm se posicionado como favoritas: Gerdau (GGBR4), CBA (CBAV3) e Vale (VALE3).

“Gerdau e CBA se sobressaem como as maiores posições overweight, e, embora a maior parte dos investidores com quem conversamos possui Vale, notamos que, em média, parece ser 6-8% do peso das posições de fundo vs. aproximadamente 16% do peso atual no Ibovespa (ou 17%, incluindo Bradespar [BRAP4])”, revela a instituição.

O BofA acredita, inclusive, que a maior parte da posição em Vale está mais ligada ao momento atual de bom fluxo estrangeiro no Brasil.

O banco afirma que, para os investidores, a Vale negociada nos níveis atuais, com o minério de ferro a US$120-130 para 2022, está atrativa. No entanto, eles reconhecem que seria difícil continuar posicionado na commodity se começar a correção.

Menos procuradas

Ainda de acordo com o BofA, os investidores parecem estar desfazendo posições em Usiminas (USIM5).

“Alguns estavam até usando isso como financiamento, dadas as preocupações sobre os custos (particularmente chapas e carvão)”, completa.

Investidores têm pouca exposição a papéis ligados a celulose, como Suzano (SUZB3) e Klabin (KLBN11). Já CSN (CSNA3) e CSN Mineração (CMIN3) despertam bem pouco interesse no mercado, diz BofA.

O BofA tem Gerdau, Suzano e CBA como nomes preferidos no setor.

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