Comitê Europeu afirma que euro digital deve priorizar a privacidade
À medida que a Europa se aproxima da criação do euro digital, um órgão com foco em dados dentro da União Europeia está solicitando propostas de design que priorizem a privacidade e a proteção.
O Comitê Europeu para Proteção de Dados (CEPD), criado para implementar a Lei Geral de Proteção de Dados (GDPR, na sigla em inglês), destacou que “uma proteção de dados e de privacidade de alto padrão é crucial para reforçar a confiança dos usuários finais e deve ser considerada um elemento distintivo na proposta do euro digital, representando um fator fundamental para o sucesso”.
As considerações foram incluídas em uma carta aprovada ontem (22) pelo Comitê.
“Essas preocupações devem ser levadas em consideração desde a etapa de design. Além disso, o CEPD recomenda que o órgão da União Europeia encarregado do design do projeto realize uma avaliação do impacto da proteção de dados de alto nível. O CEPD indica também que está à disposição para fornecer recomendações ao Banco Central Europeu ou a outra instituição da União Europeia”, disse o grupo em seu comunicado de 21 de junho.
Com isso, discussões em torno do potencial lançamento de um euro digital, que pode levar anos para acontecer após a aprovação do design, continuam.
Conforme um comunicado, a presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, disse aos legisladores do Parlamento Europeu que “o design do euro digital será discutido em 14 de julho pelo conselho do Banco Central Europeu, com o objetivo de encontrar uma solução para a diminuição do uso de dinheiro e para facilitar o acesso ao euro digital para pessoas que não têm contas bancárias”.
Em janeiro, Lagarde disse que os obstáculos tecnológicos permanecem como um ponto-chave de discussão.