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Comitê da Câmara dos EUA pede depoimento de Bezos sobre vendedores autônomos

01 maio 2020, 16:29 - atualizado em 01 maio 2020, 16:29
Em uma carta a Bezos assinada por membros democratas e republicanos do comitê, os parlamentares se referiram a uma reportagem de 23 de abril do jornal Wall Street Journal sobre a Amazon (Reprodução/Internet)

O Comitê Judiciário da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos convocou nesta sexta-feira o executivo-chefe e fundador da Amazon.com, Jeff Bezos, a depor a respeito das alegações de que o varejista da internet usa dados de seus próprios vendedores autônomos para criar produtos concorrentes.

Em uma carta a Bezos assinada por membros democratas e republicanos do comitê, os parlamentares se referiram a uma reportagem de 23 de abril do jornal Wall Street Journal sobre a Amazon, dizendo:

“Se o relato do artigo do Wall Street Journal for exato, então declarações que a Amazon fez a este comitê a respeito das práticas comerciais da empresa parecem ser enganosas, e possivelmente criminalmente falsas ou feitas em perjúrio”.

Estão em questão declarações dadas pelo conselheiro-geral associado da Amazon, Nate Sutton, que em julho passado negou sob juramento que a companhia use informações comerciais sigilosas de vendedores independentes em sua plataforma para desenvolver produtos para a própria Amazon vender.

No mês passado, o Wall Street Journal noticiou que a Amazon de fato usou os dados, citando ex-funcionários.

Um porta-voz da Amazon disse que a empresa não tem nenhum comentário a fazer de imediato. A empresa já disse anteriormente que tais práticas violam suas diretrizes.

Em uma carta, os parlamentares aventaram a possibilidade de uma intimação.

Amazon
Um porta-voz da Amazon disse que a empresa não tem nenhum comentário a fazer de imediato. A empresa já disse anteriormente que tais práticas violam suas diretrizes (Imagem: REUTERS/Pascal Rossignol)

“Esperamos que você, como executivo-chefe da Amazon, deponha ao Comitê”, disse. “Embora esperemos que deponha de forma voluntária, nós nos reservamos o direito de recorrer a um processo compulsório se necessário”.

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