Política

Comissões da Câmara aprovam mais convites para ouvir cinco ministros do governo Bolsonaro

24 mar 2021, 15:22 - atualizado em 24 mar 2021, 15:22
Marcelo Queiroga
O novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, foi o mais visado pelos deputados (Imagem: REUTERS/Ueslei Marcelino)

Três comissões da Câmara dos Deputados aprovaram requerimentos na manhã desta quarta-feira (24) convidando para audiências cinco ministros do governo Bolsonaro. Como se trata de convites, eles não são obrigados a comparecer. As datas ainda serão definidas.

O novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, foi o mais visado pelos deputados. Foram aprovados seis requerimentos convidando-o para prestar esclarecimentos sobre as ações de combate à pandemia de Covid-19 e a situação das vacinas.

Os convites partiram das deputadas Flávia Morais (PDT-GO), Adriana Ventura (Novo-SP), Vivi Reis (Psol-PA) e Jandira Feghali (PCdoB-RJ) e do deputado Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ), e foram aprovados por duas comissões: Seguridade Social e Família, e Fiscalização Financeira e Controle, esta última presidida por Ribeiro.

Queiroga, que tomou posse ontem, foi convidado ainda para falar sobre a distribuição de insumos, medicamentos e vacinas para o Estado de Mato Grosso, a pedido do deputado Dr. Leonardo (Solidariedade-MT).

As ações contra a pandemia também motivaram a Comissão de Seguridade a convidar o ministro-chefe da Casa Civil, Braga Netto, coordenador do Comitê de Crise para Supervisão e Monitoramento dos Impactos da Covid-19, criado pelo governo no ano passado. O requerimento foi do deputado Alexandre Padilha (PT-SP).

Desenvolvimento Regional

O ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, foi convidado por duas comissões. A Comissão de Desenvolvimento Urbano quer debater com ele as prioridades da pasta este ano. O requerimento é do presidente do colegiado, deputado José Priante (MDB-PA).

Já a Comissão de Fiscalização o convidou, a pedido do deputado Leo de Brito (PT-AC), para prestar esclarecimentos sobre a reunião que ele teve com representantes da empresa Gramazini e Ganitos e Mármores Thomazini, que teria sido intermediada por um dos filhos do presidente Jair Bolsonaro, Jair Renan.

Na semana passada a imprensa informou que a Polícia Federal investiga o filho do presidente pelos supostos crimes de tráfico de influência e de lavagem de dinheiro, porque teria recebido um carro para intermediar a reunião de empresários com o governo federal.

Auxílio emergencial

Os outros dois ministros convidados hoje foram Paulo Guedes (Economia) e João Roma (Cidadania). O primeiro para prestar informações, na Comissão de Seguridade, sobre o auxílio emergencial recentemente instituído (Medida Provisória 1039/21), e o orçamento da Seguridade Social em 2021.

Os autores do requerimento – deputado Alexandre Padilha (PT-SP) e outros três parlamentares do PT – lembram que a Emenda Constitucional 109, recentemente promulgada, afetou “a viabilidade de políticas sociais amparadas por fundos públicos”. A emenda autorizou o governo a usar sobras de caixa de diversos fundos para pagar a dívida pública.

O ministro João Roma também foi convidado pela Comissão de Seguridade para debater o orçamento disponibilizado para o auxílio emergencial e a política de assistência social do governo. O convite partiu de requerimento do deputado Alexandre Padilha.

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