Internacional

Comissão eleitoral da junta de Mianmar dissolverá partido de Suu Kyi

21 maio 2021, 14:47 - atualizado em 21 maio 2021, 14:47
O Exército tomou o poder no dia 1º de fevereiro, depondo e detendo a líder civil eleita Suu Kyi, que liderou uma luta não-violenta contra a ditadura nas últimas duas décadas do comando militar sobre Mianmar (Imagem: Franck Robichon/Pool via Reuters)

A comissão eleitoral indicada pela junta de Mianmar dissolverá o partido político da líder deposta Aung San Suu Kyi devido a uma fraude eleitoral na eleição de novembro, noticiou a mídia local nesta sexta-feira citando um comissário, que ameaçou ações contra “traidores” envolvidos.

Os sites de notícias Myanmar Now e Irrawaddy disseram que o anúncio foi feito nesta sexta-feira em uma reunião com partidos políticos que foi boicotada por muitos, inclusive a Liga Nacional pela Democracia (NLD), de Suu Kyi.

O Exército tomou o poder no dia 1º de fevereiro, depondo e detendo a líder civil eleita Suu Kyi, que liderou uma luta não-violenta contra a ditadura nas últimas duas décadas do comando militar sobre Mianmar.

Os militares justificaram o golpe acusando a NLD de conquistar uma vitória esmagadora através de uma votação manipulada, mas à época a comissão eleitoral rejeitou as acusações. A NLD diz que ganhou justamente.

A junta promete realizar uma eleição dentro de dois anos e entregar o poder ao vencedor.

A NLD cometeu fraude, “por isso teremos que dissolver o registro do partido”, disse o presidente da Comissão Eleitoral de União (UEC) indicada pela junta, Thein Soe, segundo a mídia local.

Ainda conforme as reportagens, ele disse que os envolvidos em fraude eleitoral “serão considerados traidores” e ações serão adotadas contra eles.

Um porta-voz do conselho militar não respondeu a chamadas pedindo comentários.

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