Política

Comissão do Senado desmarca audiência com Campos Neto prevista para próxima semana

02 abr 2023, 8:00 - atualizado em 31 mar 2023, 12:32
Campos Neto
Campos Neto foi convidado pela comissão a dar explicações sobre o atual patamar da taxa básica de juros, inalterado em 13,75% ao ano desde setembro (Imagem: REUTERS/ Adriano Machado)

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado desmarcou a audiência que faria na terça-feira da próxima semana com a presença do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, informou a assessoria do presidente do colegiado, senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO).

O cancelamento se deu devido ao feriado prolongado da Páscoa, que ocorre na próxima semana, e que deve diminuir a presença de senadores na Casa, disse a assessoria de Cardoso na sexta-feira. Uma nova data deverá ser agendada para que Campos Neto compareça ao colegiado, e Cardoso quer que isso ocorra o quanto antes, acrescentou seu gabinete.

O adiamento também foi confirmado pela assessoria parlamentar do BC.

Campos Neto foi convidado pela comissão a dar explicações sobre o atual patamar da taxa básica de juros, inalterado em 13,75% ao ano desde setembro, além de explicar sobre o erro ocorrido na série histórica do fluxo cambial, segundo a pauta da reunião.

O atual patamar da taxa básica de juros, a Selic, e a atuação do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central têm sido alvo de duras críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de demais membros e aliados de seu governo, como a presidente do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR).

Na quinta-feira, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse que o governo orientou seus líderes e os membros de sua base de apoio a fazerem com que o cumprimento dos objetivos a serem perseguidos pelo BC previstos na lei que deu autonomia à autarquia fossem a pauta da audiência com Campos Neto na CAE.

Em janeiro, o BC anunciou ter identificado um erro na série histórica do fluxo cambial e revisou o resultado dessa conta em 2022, que passou de uma entrada líquida de 9,574 bilhões de dólares para uma saída de 3,233 bilhões de dólares.

reuters@moneytimes.com.br